O grupo farmacêutivo Johnson & Johnson anunciou esta terça-feira a interrupção dos ensaios clínicos de uma vacina contra a covid-19 por um dos participantes ter ficado doente.
“Interrompemos temporariamente a administração de novas doses em todos os nossos ensaios clínicos de uma vacina experimental contra a covid-19, incluindo o conjunto de ensaio da fase três, devido a uma doença ainda por explicar num dos participantes”, declarou o grupo, em comunicado.
A farmacêutica norte-americana indicou que “a doença do participante está a ser avaliada” pelos médicos e declinou avançar mais pormenores para “respeitar a privacidade deste participante”.
“É importante conhecer todos os dados antes de divulgar mais informação”, acrescentou a empresa no mesmo comunicado.
Em 23 de setembro, a empresa norte-americana tinha anunciado o início dos ensaios da fase três, última etapa de desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19, cujo nome oficial é Ad26.COV2.S e foi desenvolvida pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que faz parte do grupo Johnson & Johnson.
As fases um e dois dos ensaios começaram em julho, nos Estados Unidos e na Bélgica.
Em setembro, a farmacêutica AstraZeneca suspendeu os testes da fase final da vacina que está a desenvolver contra a covid-19, em parceria com a Universidade de Oxford, após uma suspeita de reação adversa séria num participante do estudo.
A paragem nos ensaios clínicos estava relacionada com uma mulher, voluntária no Reino Unido, que apresentou sintomas neurológicos consistentes com uma doença inflamatória da espinal medula, a mielite transversa.
A AstraZeneca frisou, na altura, que se trata de “uma ação de rotina, que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada num dos ensaios, enquanto ela é investigada”, de forma a garantir que é mantida “a integridade dos ensaios”.
Os testes foram retomados três dias depois.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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