O Comité Rio 2016, representante no Brasil do Comité Olímpico Internacional (COI) e responsável pela organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, divulgou esta quinta-feira um orçamento de 7 mil milhões de reais (cerca de 2 mil milhões de euros) para os preparativos do megaevento desportivo.
Algumas das atribuições do comité são organizar e financiar as cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos, serviços médicos e a manutenção da equipa que trabalha na sede, no centro do Rio.
Os gastos com infraestrutura, equipamentos desportivos e segurança, de responsabilidade das três esferas do Governo, serão revelados apenas na próxima terça-feira, quando também será divulgada a Matriz de Responsabilidades, documento que apresenta pormenores e valores completos a serem investidos no evento.
Estima-se que o custo total esteja em mais de 28 mil milhões de reais (8,5 mil milhões de euros). Em comparação, os custos das Olimpíadas de Londres, em 2012, foram finalizados em cerca de 15 mil milhões de dólares (11 mil milhões de euros).
Os analistas estimam, no entanto, que os gastos devem aumentar. Em Londres, o orçamento inicial, de 3,98 mil milhões de dólares (cerca de 2,9 mil milhões de euros), triplicou à medida que as obras e preparativos foram sendo executados.
Críticas
Os recursos do Comité Rio 2016 são provenientes dos patrocinadores do evento, mas caso o órgão apresente um défice nas contas, o governo brasileiro pode vir a injetar até 1,8 mil milhões de reais (545 milhões de euros) nas suas atividades, conforme um compromisso firmado na candidatura da cidade ao Comité Olímpico Internacional.
Em 2009, quando a cidade foi confirmada como vencedora para sediar os Jogos, o comité previu um orçamento de 2,8 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros), ou seja, 150 milhões de dólares a menos do que foi agora divulgado.
Atrasado, este primeiro anúncio do orçamento das Olimpíada chega após duras críticas. Ainda em agosto de 2012, antes da cerimónia de encerramento dos Jogos de Londres, o presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rogge, cobrou rapidez e em outubro do ano passado o Tribunal de Contas da União (TCU) brasileiro exigiu à organização que o orçamento fosse divulgado, assim como a Matriz de Responsabilidades do evento.
ZAP / BBC
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