Jogar videojogos pode ter um benefício surpreendente

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Um novo estudo sugere que jogar videojogos pode ter um benefício surpreendente: melhorar as capacidades de leitura dos jovens.

Uma equipa de cientistas da Universidade de Saskatchewan, no Canadá, publicou uma investigação que sugere que os jogos podem melhorar as capacidades de atenção periférica, essenciais para a capacidade de leitura.

Os nossos olhos precisam de digitalizar uma página sistematicamente para processar corretamente cada palavra e frase de um livro. “Atividades que afetam processos de atenção, como jogar videojogos, podem também ter impacto na leitura”, explicou a líder da investigação Shaylyn Kress, citada pelo Daily Mail.

Num primeiro momento, a equipa analisou videojogos populares para determinar o número de objetos periféricos, comparando-os com os objetos colocados no meio.

Depois, um grupo de participantes com diferentes níveis de experiência de jogo completou uma tarefa de leitura que envolvia palavras, fáceis e mais complexas, que apareciam num ecrã num dos oito pontos possíveis.

Os resultados revelaram que os voluntários que tinham jogado jogos com mais objetos periféricos eram melhores a ler, tanto palavras familiares como palavras complexas, de forma rápida e eficiente.

“Pessoas com mais exposição a exigências visuais periféricas nos jogos de vídeo – uma notificação ou um inimigo a aparecer na lateral do ecrã – tendem a ter tempos de reação de leitura mais rápidos do que pessoas com pouca ou nenhuma exposição a exigências visuais periféricas”, referiu Kress.

No comunicado da universidade, os investigadores realçam esperar que as suas descobertas conduzam a melhores designs de videojogos que possam promover hábitos mais saudáveis.

“Os setores económico e da saúde beneficiam desta investigação porque poderia levar a colaborações entre cientistas, clínicos e criadores de jogos para criar jogos educativos adaptados para melhorar as capacidades de leitura”, acrescentou Kress.

“A sociedade em geral beneficia desta investigação ao obter uma melhor compreensão dos impactos que os seus passatempos podem ter nos seus cérebros”, rematou a investigadora.

ZAP //

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1 Comment

  1. Só se não tiverem filho completamente dependentes dessa por5aria dos jogos.
    Lamentavelmente ninguém regula este lixo que corrói a nossa sociedade. Sei do que falo, pois tenho o problema em casa, jovens com excelentes capacidades que deixaram passar a vida ao lado. Hoje adultos são uns inúteis, nem para trabalhar já servem. Cá está o escravo para pagar as consultas de Psiquiatria e Psicologia a adultos hoje com mais de 20 anos, que deveriam estar a trabalhar, mas preferem anunciar o suicídio a sair do buraco para enfrentar a realidade.
    Triste futuro para o mundo ocidental que cairá ainda durante a primeira metade deste seculo.
    Eu e muitos como eu nada mais podemos fazer. Empregamos jovens que muitos não rendem 100€ por mês mas temos de tirar aos bons profissionais para entregar a estes.

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