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Jogadores de basket dos EUA trocaram Aldeia Olímpica por cruzeiro de luxo

Antonio Lacerda / EPA

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Enquanto a maioria dos atletas americanos, que estão no Rio de Janeiro para competir nos Jogos, fica na Aldeia Olímpica a equipa de basquetebol tem direito a outros luxos.

O grupo de basquetebol americano, composto por 50 jogadores das equipas masculina e feminina, nem sequer pôs a opção de ficar na Aldeia Olímpica e decidiu antes alojar-se num cruzeiro.

O Silver Cloud, da companhia italiana Silversea, chegou na quarta-feira passada à costa carioca e deu logo nas vistas, a começar pelo facto de estar separado do cais por um sistema anti-bala.

Segundo o site oficial da embarcação, citado pela BBC, o navio “transporta apenas 296 hóspedes” e tem “suites espaçosas com vista para o mar e varandas privativas”.

A delegação americana prefere não explicar o porquê desta escolha. Em declarações à BBC Brasil, o diretor de comunicações do USA Basketball, Craig Miller, não quis entrar em detalhes.

“Não há nada que eu possa acrescentar sobre isso”, disse. “Só posso dizer que não vamos ficar na Aldeia Olímpica, o que não é nenhuma novidade já que isso não acontece desde 1992”.

Mesmo no comunicado da decisão às autoridades brasileiras, não houve grandes explicações, tal como explica o secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Nilo Sergio Felix.

“Não falaram de segurança [quando comunicaram a decisão]. Não há nenhum motivo para além do gosto pessoal”, disse à emissora o responsável.

E é exatamente por isso que já ninguém estava à espera que os jogadores, muitos deles estrelas da NBA e WNBA, ficassem juntamente com o resto da delegação americana.

Em edições anteriores dos Jogos Olímpicos, os atletas ficaram hospedados em hotéis ou outro tipo de alojamentos de luxo.

A única vez que tinham ficado num navio foi nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, quando ficaram no Queen Mary 2 que, na época, era considerado o maior e o mais luxuoso cruzeiro do mundo.

Apesar disso, nem só a “Dream Team” tem direito a tratamento VIP. A seleção masculina de futebol do país anfitrião, por exemplo, também está afastada da Aldeia Olímpica desde as últimas três edições da competição.

ZAP / BBC

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