O Presidente eleito dos Estados Unidos conquistou o estado do Arizona, esta sexta-feira, tendo alcançado mais 11 votos no Colégio Eleitoral, perfazendo agora um total de 290 (mais 20 do que o necessário para ser considerado o vencedor).
As eleições Presidenciais dos Estados Unidos aconteceram no dia 3 de novembro, mas, dez dias depois, os votos continuam a ser contados. De acordo com o jornal online Observador, que cita o jornal New York Times, Joe Biden acabou de conquistar o estado do Arizona.
O democrata venceu por pouco neste estado tradicionalmente republicano, tendo, neste momento, uma margem de 0,3 pontos percentuais, ou seja, cerca de 11 mil votos. Desta forma, o Presidente eleito conseguiu angariar mais 11 votos no Colégio Eleitoral, tendo já um total de 290 (mais 20 do que o necessário para ser considerado o vencedor das eleições). Recorde-se que Donald Trump só conseguiu 217.
Segundo o mesmo jornal digital, Biden é o primeiro candidato democrata a vencer no Arizona desde 1996, ano em que Bill Clinton conseguiu a vitória. Agora, esperam-se os resultados da Geórgia e da Carolina do Norte.
Entretanto, a China quebrou finalmente o silêncio e felicitou o Presidente eleito, esta sexta-feira, através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin.
“Respeitamos a escolha do povo americano. Expressamos as nossas felicitações a Joe Biden e a Kamala Harris”, afirmou o representante numa conferência de imprensa, citado pela agência Reuters.
Na quinta-feira, o democrata também já tinha recebido os parabéns pela vitória por parte do Papa Francisco, com quem falou ao telefone.
“O Presidente eleito agradeceu à Sua Santidade pelas suas bênçãos e parabéns e destacou o seu apreço pela liderança de Sua Santidade na promoção da paz, reconciliação e dos laços comuns da Humanidade em todo o mundo”, lê-se num comunicado divulgado pela equipa de transição de Biden, citado pela agência France-Presse.
Tribunal da Pensilvânia dá pequena vitória a Trump
O Presidente cessante continua a não assumir a derrota. Trump fala em “fraude eleitoral” e continua a tentar contestar os resultados de alguns estados através dos tribunais.
Esta quinta-feira, um tribunal da Pensilvânia deu-lhe uma pequena vitória, numa das múltiplas ações judiciais apresentadas para reverter o resultado das eleições.
A decisão afeta um número indeterminado de votos, embora, de acordo com as autoridades estaduais, sejam bem menos do que os mais de 54 mil que separam Biden e Trump na votação.
A lei estadual da Pensilvânia dava seis dias após a eleição (ou seja, até 9 de novembro) para os cidadãos que enviaram os seus votos pelo correio sem um documento de identificação apresentarem um válido.
A secretária de estado da Pensilvânia, a democrata Kathy Boockvar, alargou esse prazo três dias antes da eleição até 12 de novembro, uma decisão que a campanha de Trump contestou em tribunal.
A decisão do tribunal, que já havia ordenado que os votos validados entre 10 e 12 de novembro fossem mantidos separadamente, dá agora razão a Trump e ordena que o estado não os inclua na contagem final.
A juíza que assinou a ordem, Mary Hannah Leavitt, disse que Boockvar “não tinha autoridade legal” para decidir a prorrogação.
Embora não tenham indicado quantos votos estão em causa, as autoridades locais afirmaram que as várias ações apresentadas por Trump não vão afetar a vitória de Biden na Pensilvânia projetada pelos media, que soma atualmente 49,77% dos votos, contra os 48,96% do republicano.
Eleição foi “a mais segura da história”
Entretanto, uma comissão do Departamento de Segurança Interna garantiu que as Presidenciais de 3 de novembro foram “as mais seguras da história”, descartando as alegações de fraude eleitoral feitas por Trump.
“Não há provas de que qualquer sistema de votação tenha eliminado ou perdido votos, alterado os boletins ou tenha sido afetado de qualquer forma”, afirmou, em comunicado, o Comité Executivo do Conselho de Coordenação de Infra-estruturas Eleitorais do Governo, responsável pela segurança dos sistemas eleitorais do país.
A agência governamental acrescentou que, apesar disso, os funcionários “estão a rever e a verificar novamente todo o processo eleitoral, antes de finalizarem o resultado”.
A comissão, que inclui a Agência de Segurança e Infraestrutura e Cibersegurança (CISA), a Comissão de Assistência Eleitoral dos EUA e a Associação Nacional de Secretários de Estado – os principais funcionários eleitorais do país – descartou a existência de quaisquer irregularidades técnicas.
“Embora saibamos que há muitas alegações infundadas e oportunidades para a desinformação sobre o processo das nossas eleições, podemos assegurar-vos que temos a máxima confiança na segurança e integridade das mesmas, e o mesmo deveria acontecer convosco”, pode ler-se na nota.
ZAP // Lusa
Quanto mais insiste, mais humilhante e ignominiosa será a derrota de Trump. Não havia necessidade… Era só sair com alguma dignidade, que é coisa que Trump nunca teve, por isso agora voltou a não ter.
Donald Trump está a comportar-se como um pequeno birrento à escala do que se vê nos países menos desenvolvidos onde o poder é essencial para a exibição de mordomias e a formação de benefícios pessoais, e onde as práticas democráticas não estão ainda totalmente enraizadas. Se o Trump foi durante o seu mandato a “chacota” do mundo, agora está a ser o escárnio mundial. Parafraseando um energúmeno cá do burgo, diria: É uma vergooonha!
Mas, para para isso, seria necessário que o energúmeno tivesse um pingo de vergonha.
O país que gosta de “exportar” democracia está com problemas graves na sua democracia!!
Aquele sistema eleitoral arcaico tem que ser rapidamente reformulado para evitar situações vergonhosas como esta de ter um alucinado (e o seu rebanho) a bloquer/atrasar o resultado das eleições.
Isso e deixarem de escolher milionários fracassados para a presidência como se aquilo fosse mais um reality show!…
Mais vale estares calado se não sabes do que falas. O Colégio Eleitoral tem razões para existir, e faz sentido num país como os EUA (federação de 50 Estados). Quais problemas na democracia? Repugna-me o que Trump e os seus aliados estão a fazer, mas defendo absolutamente o direito a avançarem com os processos judiciais que entenderem (os quais estão a ser rapidamente resolvidos pela Justiça) e o direito a pedir recontagem de votos onde bem entenderem.
Ainda falta ver as questões legais das várias fraudes detectadas…
Uma fuga para a frente do Biden e dos seus aliados chineses que apostaram tudo nesta pileca.