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João Almeida não exclui candidatura à liderança do CDS

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Menos de 24 horas depois de Assunção Cristas anunciar que ia deixar a liderança do CDS devido aos maus resultados, já circulam nomes de eventuais sucessores: há quem esteja a ponderar e há quem exclua de todo essa opção.

O deputado e porta-voz do CDS João Almeida admitiu esta segunda-feira, à agência Lusa, apresentar uma moção de estratégia ao próximo congresso e não exclui uma eventual candidatura à sucessão de Assunção Cristas à liderança do partido.

Não estava de todo nos meus planos… nem agora nem nunca” uma candidatura à presidência dos centristas, afirmou João Almeida, acrescentando ser importante que, perante o resultado nas legislativas de domingo, com uma votação de 4,25%, o partido faça uma reflexão.

Horas depois de ter escrito, na sua conta do Facebook, que o CDS teve uma “derrota estrondosa”, João Almeida afirmou que este resultado “obriga a repensar a estratégia” e fazer uma “reflexão profunda sobre o futuro” do partido.

Apesar de não estar nos seus horizontes, o deputado não se exclui de uma eventual corrida, afirmou sentir-se “obrigado” a essa reflexão pessoal face ao “estado do partido” que saiu das legislativas de domingo.

Por sua vez, José Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS, afasta uma corrida à liderança do partido, apesar de reconhecer que o resultado de ontem foi “muito mau”, o “pior da história do partido”. “Não creio que a questão mais importante seja saber quem são os candidatos – não há pressa. É preciso primeiro saber que explicação é que os dirigentes do partido apresentam para estes resultados. Não se pode dizer que isto é apenas responsabilidade de Assunção Cristas”, afirmou em declarações à rádio Observador.

“Já fui presidente do CDS e esse tempo passou“, atirou ainda.

Também durante a tarde desta quarta-feira, o ex-deputado Filipe Lobo d’Ávila, do grupo “Juntos pelo Futuro” do CDS, está “em reflexão” sobre uma eventual candidatura à liderança do partido, disseram à Lusa fontes ligadas ao antigo secretário de Estado.

O grupo, que se apresentou uma lista ao conselho nacional na anterior reunião magna dos centristas, começou “a atualizar a sua moção de estratégia para levar ao congresso”, antecipado pela decisão da líder do partido se demitir na sequência da derrota nas legislativas de domingo.

O CDS obteve 4,25% nas eleições legislativas deste domingo, passando a sua representação parlamentar de 18 para cinco deputados.

ZAP //

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