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Joana Marques Vidal mais perto de continuar à frente da PGR

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Pedro Nunes / Lusa

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal

Já haverá acordo entre o primeiro-ministro e o Presidente da República para reconduzir a atual procuradora-geral da República (PGR), embora a escolha não reuna consenso.

O Expresso avança, na edição deste sábado, que o primeiro ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já terão chegado a um acordo para a recondução da atual procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.

De acordo com o semanário, a notícia oficial nunca sairá antes de o primeiro-ministro regressar da visita a Angola, que acontece já na próxima semana, e antes de a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, ouvir os partidos com assento parlamentar, o que deverá ocorrer antes do final do mês.

O assunto continua a ser delicado e não reune consenso entre as duas figuras de Estado mas, tal como o mesmo jornal noticiou na semana passada, Costa deixou claro que não pretende comprar uma guerra com Marcelo devido à escolha do próximo procurador.

O Expresso sabe ainda que a procuradora já terá deixado a porta aberta para continuar no cargo. Marques Vidal já se reuniu em Belém com o chefe de Estado por duas vezes e se num primeiro momento insistiu na ideia de que a PGR é de mandato único, agora já estará mais convencida a aceitar.

Segundo o Observador, numa segunda reunião em Belém, que aconteceu nas últimas semanas, a conversa foi completamente ao encontro dos desejos de Marcelo, que da primeira vez não só lhe terá manifestado o apreço pelo trabalho realizado, como solicitado que ponderasse continuar por um segundo mandato, independentemente dos diferentes entendimentos jurídicos que existem sobre o assunto.

Os partidos têm sido unânimes nos elogios à atuação de Marques Vidal, embora só o CDS tenha dito claramente que a PGR devia ser reconduzida no cargo, como recorda o jornal online. Tanto PSD como PCP e BE não quiseram falar do tema para não contaminar o exercício do cargo mas elogiaram o exercício de mandato da procuradora. Só o PS foi menos efusivo nos elogios, lembrando que “o mandato não pode ser eternizado”.

Com Costa entre Angola e Áustria na próxima semana e a agenda cheia de Marcelo, bem como a necessidade de o Governo ouvir os partidos sobre o assunto, o calendário atira uma tomada de decisão para a última semana deste mês. O mandato de Joana Marques Vidal termina no dia 12 de outubro.

O Público recorda que foi com Joana Marques Vidal que se investigaram e levaram a tribunal “mega-processos que envolvem corrupção e a nata económico-financeira do país”, como é o caso da Operação Fizz, Operação Marquês, Vistos Gold, o BES/GES, as secretas, os incêndios de Pedrógão Grande, as mortes nos Comandos e o roubo em Tancos.

ZAP //

5 Comments

  1. Possivelmente será a melhor solução reconduzir a senhora, isto para não criar muitas dúvidas de poder político sobre poder judicial pois andam por aí 2 ou 3 casos de tal forma importantes e que implicam pessoas ou entidades também elas importantes que deixaria muitas dúvidas mexidas na justiça neste momento.

  2. Não concordo com a recondução. Se todos os anteriores PGR fizeram só um mandato, com excepção de cunha Rodrigues, porque raio ela há-de ser excepção??? E depois deixa o MP numa barafunda, para já não falar na protecção dada a todos os gatunos que roubaram Portugal e os Portugueses com as fraudes, roubos e corrupção nos bancos, nas empresas nacionais e das outras que foram vendidas ao desbarato, nos subornos nos submarinos, nas falcatruas de dias loureiro, etcc. E coincidência das coincidencias todos este ladrões e vigaristas são de direita, e onde estão os processos??? Onde estão as prisões destes energumenos?? E quer ser reconduzida??? Eu tinha era vergonha.

    • Porque todos os outros tinham dono. Esta aparenta ser a primeira isenta. Acho muito bem a sua recondução e ladrões que se cuidem.
      E quanto aos submarinos procure perceber melhor a história e vai ver que remonta ao tempo do governo seu amiguinho guterres. Se assim não fosse o potencial crime não teria prescrito quando prescreveu. É, como dizia o próprio, uma questão de fazer as contas. Veja o momento em que o processo prescreveu, conte para trás os anos necessários para que esta tipologia de crime prescreva e veja que ano é que lhe dá. É mesmo uma questão de contas. Vai ficar surpreendido. Até porque se se lembrar bem os seus amiguinhos não queriam comprar 2 mas sim 4. Sim, 4 submarinos. Posteriormente o Portas conseguiu reduzir esse negócio para 2.
      Quanto à pretensa clubite da PGR anda totalmente enganado. A senhora é de esquerda. Nunca foi de direita. Foram também os seus anteriores amiguinhos que “protegeram” o Dias Loureiro. Não foi esta procuradora. E que eu saiba o Duarte Lima está praticamente preso (penso que só tem mais um recurso), o Oliveira e Costa vai pelo mesmo caminho… E o seu 44 também ainda anda solto. E terá muitos recursos até bater novamente com os costados onde sempre deveria ter estado, pelo bem do país.

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