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PSD/Madeira. Jardim considera Costa “adversário” e Albuquerque atira-se às selfies de Marcelo

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Tiago Petinga / Lusa

O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, e o seu presidente honorário, Alberto João Jardim, deixaram duras críticas ao Executivo socialista liderado por António Costa, bem como ao Presidente da República durante o XVII Congresso do PSD/M, que ocorreu neste domingo no Funchal.

Alberto João Jardim, afirmou que o primeiro-ministro, António Costa, é o “adversário” da autonomia e aconselhou os dirigentes sociais-democratas a “internacionalizar” a questão.

“O nosso adversário é um indivíduo que foi número dois de José Sócrates e que se chama António Costa”, disse o ex-líder social-democrata na abertura do congresso, onde foi várias vezes aplaudido por cerca de 700 militantes. Alberto João Jardim sublinhou que o primeiro-ministro “não é estadista”, mas apenas “um homem do aparelho” e um “partidocrata”.

“Até deu para subverter o resultado das eleições e ele chegar a primeiro-ministro com alianças com pessoas que tentaram derrubar e evitar a democracia em Portugal só para poder sobreviver no partido dele”, afirmou, referindo-se ao PCP e ao Bloco de Esquerda que apoiam o Governo socialista.

Em igual sentido, Miguel Albuquerque, estendeu o rol de críticas, pedindo ao Presidente República para que tome uma atitude face à “pouca vergonha” da “discriminação” que o Governo da República faz em relação à população do arquipélago.

“É tempo do Senhor Presidente da República tomar uma posição sobre esta pouca vergonha, nós votamos para o Presidente da República, não para tirar selfies, mas para salvaguardar as instituições democráticas”, declarou, no encerramento do XVII Congresso Regional que decorreu no Centro de Congresso do Funchal.

Albuquerque realçou que os madeirenses e porto-santenses “merecem ser considerados e tratados como portugueses de corpo inteiro à luz das leis e da Constituição da República”.

“É intolerável e é inaceitável que, por razões de ordem política, este Governo das esquerdas continue a discriminar os madeirenses e os porto-santenses, é inaceitável e é eticamente reprovável que este Governo, por razões partidárias, continue a cumprir e a confundir as suas funções institucionais com aquelas que são as suas funções partidárias”.

Confiante na vitória do PSD nas próximas eleições regionais

Alberto João Jardim mostrou-se confiante na vitória do PSD nas eleições regionais de 22 setembro e, desde logo, pediu ao novo governo regional que internacionalize o problema da autonomia. “Se nós continuarmos a insistir na luta pela autonomia e eles [as instituições governativas nacionais] continuarem a nos cortar as pernas, nós legalmente, com base na Constituição, devemos internacionalizar o problema e recorrer aos competentes órgãos internacionais”, declarou.

Também Miguel Albuquerque aludiu às eleições, afirmando estar certo que os madeirenses e os porto-santenses “não vão embarcar nem muito menos votar em personagens que surgiram do nada e que vivem do exibicionismo e da demagogia”.

Observou ainda que António Costa, vai à Madeira no próximo fim-de-semana pelo que devia aproveitar a oportunidade para decidir sobre os “juros agiotas” que cobra à região, para pôr ordem na TAP, para deixar de “empurrar com a barriga” a revisão do subsidio de mobilidade e para explicar por que razão não foi estendido aos estudantes universitários da Madeira o Passe 23.

Miguel Albuquerque manifestou o apoio do partido na Madeira a Rui Rio nas próximas eleições europeias, regionais e legislativas porque “Portugal precisa de uma alternativa à governação das esquerdas”. Disse que o PSD/M “está mobilizado para as novas etapas” e pronto para enfrentar as próximas eleições.

“Será sobretudo a grande oportunidade para infligir a António Costa a primeira grande derrota, na Madeira, no dia 22 de setembro”, concluiu.

O congresso regional do PSD/Madeira contou ainda com a presença de Rui Rio, que apontou também baterias ao Governo de António Costa, acusando-o de enganar “permanentemente” os portugueses.

ZAP // Lusa

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