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Jack Ma, fundador do grupo Alibaba, é membro do Partido Comunista Chinês

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Jolanda Flubacher / World Economic Forum

O fundador do Alibaba, Jack Ma

O multimilionário Jack Ma, fundador do grupo de tecnologia chinês Alibaba, integrou o Partido Comunista Chinês (PPCh), revelou esta terça-feira o jornal do partido “Diário do Povo”.

Tal como noticia a agência Efe, a adesão do homem mais rico da China foi revelada pelo órgão oficial do partido, num texto que elogia as pessoas que contribuem para o desenvolvimento da China. O jornal não especifica, contudo, quando é que o empresário passou a fazer parte do partido.

Ma, de 54 anos, é um dos cem chineses famosos que o Comité Central do PCCh pretende homenagear “pelas suas contribuições à reforma e à abertura [económica do país], avançou fonte oficial.

“Sob a sua liderança, o Alibaba tem-se situado entre as dez maiores empresas do mundo quanto ao valor de mercado, transformando a China num ator principal na indústria do comércio eletrónico”, elogiou o júri encarregado de elaborar a lista.

A fonte especificou que Ma “foi um grande agente para a procura nacional“, e que as suas contribuições possibilitaram a surgimentos de “um grande número de empreendedores e empresas emergentes”.

O fundador do Alibaba não é o primeiro bilionário chinês a entrar para o partido, que também conta, entre os seus 89 milhões de filiados, com o empreendedor imobiliário Xu Jiayin e o fundador do Grupo Wanda, Wang Jianlin.

Até o momento, Jack Ma, considerado pela Forbes como o homem mais rico da China, afirmava que preferia permanecer afastado da política, tal como nota a AFP.

No artigo publicado, o jornal destaca que Ma desempenhou um papel importante no desenvolvimento da iniciativa “Rotas da Seda”, um ambicioso programa de investimentos euro-asiático em infraestruturas do presidente chinês, Xi Jinping.

Também é considerado um dos “principais arquitetos do socialismo com características chinesas na província de Zhejiang”, onde fica a sede do grupo Alibaba, completa o texto.

Em declarações à Reuters, o grupo Alibaba disse que as ligações políticas de Ma ao partido não têm impacto nas operações da empresa. “A filiação política de qualquer executivo não influencia o processo de tomada de decisão nos negócios da empresa”, afirmou um porta-voz através de email esta terça-feira.

Em setembro deste ano, Ma anunciou que se vai retirar do seu cargo como presidente do Alibaba no próximo ano.

Aderir ao partido pode ser útil para os empresários na China, que muitas vezes precisam de abrir caminho num ambiente em que a economia estatal domina muitas das indústrias e dos negócios privados.

Xi Jinping tem tentado retomar a expansão da influência do Partido Comunista nos negócios privados, com a exigência de que qualquer empresa com mais de três membros do partido estabeleça uma célula da formação. Três em cada quatro empresas privadas já contam com organizações do partido.

ZAP // EFE

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