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“Já só há água para 10 dias”: Nelas, Mangualde, Viseu e Penalva vão declarar estado de emergência

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Pedro França / Agência Senado

O presidente da câmara de Nelas, em Viseu, José Borges da Silva, fala numa “situação de calamidade na região” e assume que vai declarar, ainda hoje, estado de emergência. Mangualde, Viseu e Penalva devem seguir os passos.

Quatro concelhos vão declarar estado de emergência municipal por causa da seca, anunciou José Borges Silva, presidente da câmara de Nelas, esta manhã à TSF.

O autarca fala de uma “situação de calamidade na região” e pede medidas “imediatas, duras e sem olhar a custos” para fazer frente à seca. A declaração do estado de emergência municipal será feita ainda esta sexta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa visitou no passado dia 10 de novembro a barragem de Fagilde, que fornece água aos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo, tendo ficado espantado por a reserva de água só ser suficiente para 20 dias de abastecimento.

“É um racionamento de guerra e ficou ontem acordado entre os municípios de Viseu, Mangualde, Penalva do Castelo e Nelas, declarar ainda hoje o estado de emergência municipal como aconteceu recentemente relativamente à questão dos fogos florestais”, disse José Borges Silva.

O autarca garantiu que situação é dramática. “Estou muito preocupado pela região porque há água para 10 dias e porque este estado de calamidade implica a confissão por parte das autarquias da impossibilidade de por si resolverem este problema a curto prazo”, disse. “Tem de haver uma mobilização de meios públicos, políticos, governamentais, eventualmente internacionais, preventivos”, rematou.

O mês de outubro foi o mais seco dos últimos 20 anos, com 30% da precipitação normal para a época, segundo os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No final de outubro, todo o território de Portugal continental se encontrava em situação de seca severa (24,8%) e extrema (75,2%).

A seca extrema em Portugal está já a prejudicar culturas e pasto para animais, com produtores de diversos setores a falarem de “calamidade” e a reclamarem do Governo ajudas extraordinárias para fazer face aos prejuízos.

A seca já levou o Governo a decretar apoios excecionais aos agricultores para captação de água, nomeadamente nos distritos alentejanos de Évora, Beja e Portalegre e nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém, banhados pelo Sado.

Quer Portugal quer Espanha estão a cumprir os valores mínimos de caudais exigidos a ambos os países na gestão de rios internacionais, como o Tejo.

ZAP // Lusa

10 Comments

    • Não. Mas até tem culpa porque só há meia dúzia de dias é que começou a passar um spot na TV a apelar à racionalidade no consumo de água. Se calhar já o deveria ter feito há mais de 6 meses atrás. Mas como tudo isto é um desgoverno total…

      • NÃO. a culpa é sua, e de todos os que, esbanjam ÁGUA!!!! porque é que a culpa tem que ser sempre do governo? na sua casa é o governo que governa? …

      • Embora que sejamos todos culpados, o governo também o é. Já deveriamos ter mais barragens e há muito tempo.

      • O QUE AQUI VAI A SANTA IGNORANCIA É CULPADA DE TUDO !! O GOVERNO DEVIA IR A CASA DE CADA UM LIMPAR-VOS O FIOFÓ QUANDO ACABAM DE OBRAR !!

      • Sim O estado tem a função de educar e sensibilizar as populações, caso contrário porque o faz agora? Já o devia ter feito há muito… Já vem tarde. E quanto à Amélia, por alma de quem é que pode afirmar que eu esbanjo água? A senhora é tola ou quer apenas parecer que o é?

      • Bem… sua a culpa não será… pelo número de vezes que toma banho. Precisa tomar mais para ver se fica com cabeça mais descansada e comenta melhor as notícias.

  1. A culpa é de todos, da humanidade em geral. As alterações climáticas não são só uma coisa que aparece na tv. Vamos sentir na pele e pagar caro o desleixo. Já há umas décadas que se fala disto mas ninguém quer saber. Nem quem manda no mundo nem o Zé da esquina. Veremos se ainda conseguimos inverter esta tendência.

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