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Depois do rio Douro, também o Tejo está “praticamente morto”

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A norte, a seca extrema deixa o Douro com níveis de água muito abaixo do normal, nesta época do ano, e a nascente em Espanha está completamente seca. Agora, mais a sul, o cenário não é melhor, com um Tejo a definhar a cada dia que passa.

Castela de La Mancha, em Espanha, é atravessada pelo rio Tejo e denuncia a qualidade duvidosa de um rio “praticamente morto” e completamente afetado pela mais grave seca dos últimos anos, segundo o Jornal de Notícias.

De acordo com a Confederação Hidrográfica do Tejo, as reservas de água caíram para 282 hectómetros cúbicos, o que equivale a 11,8% da capacidade total de armazenamento da bacia de Entrepenas e Buenia, na cabeceira do Tejo, que só na última semana perdeu 3,8 hectómetros cúbicos de água.

A conselheira das Finanças de Castela-La Mancha, Augustina García Élez, lamentou, antes de uma reunião com a ministra da Agricultura espanhola, Isabel García Tejerina, que “não há água”: “Os pântanos estão numa situação alarmante“.

Também Rosa Prieto, da associação espanhola Rio Tejo Vivo, lembrou os tempos em que o rio banhava “umas belas praias fluviais, com crianças nas águas”, mas agora “está tudo perdido”.

O eurodeputado do PSOE, Sergio Gutiérrez, já sublinhou também o estado de “degradação” que o Tejo enfrenta do lado de Espanha. Mas o cenário, naturalmente, não melhora em território lusitano.

A Câmara de Nisa, em Portalegre, já se viu, inclusive, obrigada a exigir ao Governo medidas de combate à poluição do rio Tejo, alertando que desenvolveu recentemente ações de recolha de peixes mortos junto à Central Hidroelétrica da Velada.

“Exigimos e defendemos, junto das autoridades competentes, medidas realmente efetivas e duradouras de combate à grave poluição que afeta o rio Tejo, porque a sustentabilidade do nosso território e das comunidades que nele habitam só se coaduna com um rio vivido e com vida, em toda a sua plenitude”, exigem em comunicado.

ZAP //

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