O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu ex-rival Benny Gantz anunciaram esta segunda-feira a formação de um “governo de emergência” nacional, pondo termo à mais prolongada crise política da história do país.
“Foi assinado um acordo para a formação de um Governo de emergência nacional” por Netanyahu, chefe do Likud, e Gantz, dirigente do partido Azul-Branco, indicaram em comunicado das duas formações, em plena pandemia de covid-19.
Tal como recorda o semanário Expresso, Israel estava há um ano sem Governo. Ao todo, foram três eleições legislativas não conclusivas.
Os termos do acordo não foram anunciados no imediato. No entanto, os media israelitas referiram que o novo executivo deverá prolongar-se por três anos, com Netanyahu a assumir o cargo de primeiro-ministro na primeira metade, cedendo depois o lugar a Gantz na segunda metade. O acordo põe fim a meses de paralisia política e evita um provável quarto escrutínio legislativo consecutivo em cerca de um ano.
Após as eleições de 2 de março, que resultaram num novo impasse, os dois líderes concordaram posteriormente na formação de um gabinete de união e “emergência”, para enfrentar a crise motivada pelo surto do novo coronavírus.
Após semanas de negociações, as duas partes anunciaram agora o acordo. Se este tivesse falhado, o país deveria ser de novo convocado para eleições.
ZAP // Lusa