O novo primeiro-ministro do Iraque viu a sua indigitação ser aprovada pelo Parlamento, esta quarta-feira, pondo um ponto final a cinco meses de bloqueio político.
O Parlamento iraquiano aprovou, esta quarta-feira, a nomeação do ex-diretor dos serviços secretos, Mustafa al-Kadhimi, como novo primeiro-ministro, pondo fim a cinco meses do Governo interino chefiado por Adel Abdelmahadi, demitido a 29 de novembro passado.
O fragmentado Parlamento iraquiano apoiou as nomeações de al-Kadhimi e de 15 ministros, e adiou a aprovação de alguns ministros, como dos Negócios Estrangeiros e do Petróleo.
O novo Governo assume funções em plena crise económica, política e institucional, depois de meses de protestos, nos quais morreram mais de meio milhar de pessoas.
De acordo com o semanário Expresso, as prioridades do novo chefe de Governo passam pela pandemia de covid-19 – o país já tem mais de dois mil casos e mais de 100 mortes –, mas também por uma investigação à morte de manifestantes anti-governamentais nos últimos meses.
“Atravessamos uma fase crítica da nossa história. O Iraque enfrenta tantos desafios na segurança, economia, cuidados de saúde e mesmo a nível social, mas não são maiores do que a nossa determinação para fazer face a esses desafios”, afirmou al-Kadhimi, citado pelo mesmo jornal.
No Twitter, o novo primeiro-ministro prometeu “trabalhar para merecer a confiança e o apoio do povo iraquiano” e apelou à “união de todos os atores políticos em torno de um programa nacional que sirva os interesses do Iraque”.
Num telefonema com o novo primeiro-ministro, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou que os Estados Unidos não vão aplicar sanções ao Iraque pela compra de eletricidade ao Irão durante um período de 120 dias.
Esta medida serve “para mostrar a vontade de ajudar a criar as condições necessárias para o êxito” do novo Governo, anunciou, em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano.
ZAP // Lusa