Dois ataques com efeitos parecidos, mas muito diferentes na intenção. O que explica o fracasso do Irão nos ataques a Israel?
A 13 de abril, o Irão atacou diretamente Israel pela primeira vez. Mais de 300 drones e mísseis iranianos — balísticos e de cruzeiro — foram disparados em direção a solo israelita, mas praticamente nenhum o atingiu: 99% dos aparelhos foram intercetados por Israel e não terão sido registadas quaisquer vítimas mortais.
Esta semana, a história repetiu-se — mas a abordagem foi diferente.
Outro ataque sem danos relevantes
O Irão lançou no primeiro dia de outubro um novo ataque de mísseis com, pelo menos, 180 mísseis balísticos direcionados a território israelita, após semanas de tensão acrescida com o Hezbollah e apenas horas depois de Israel invadir o Líbano por terra, provocando a retaliação iraniana.
No entanto, apesar da dimensão do ataque, o governo e as forças armadas israelitas informaram que não se registaram mortes e que, tal como em abril, apenas houve feridos ligeiros entre os cidadãos israelitas.
Duas pessoas terão sido feridas por estilhaços e, na Cisjordânia, um palestiniano foi morto na sequência da queda de um míssil perto de Jericó, embora a origem do míssil continue por apurar. Houve também alguns danos mínimos em bases aéreas e escritórios, reconheceram as IDF.
Um ataque diferente
Enquanto o ataque de abril pareceu mais um aviso do que outra coisa — o Irão avisou antecipadamente que iria atacar Israel e como o iria fazer — desta vez, o objetivo pareceu mesmo ser provocar estragos reais.
O tom foi diferente e até a resposta de Israel sustenta isso. Se em abril, quase que a pedido dos EUA, Israel não respondeu em força ao ataque iraniano, desta vez já fala em “consequências graves”, retaliação “para breve” e até em ir atrás das instalações nucleares do Irão — um desastre com o qual Biden se manifestou contra e já disse querer evitar, segundo a imprensa norte-americana.
O fracasso dos ataques iranianos, explicado
Embora Teerão tenha saudado o ataque com mísseis como um sucesso, gabando-se de que a maioria dos mísseis atingiu os seus alvos, os danos mínimos e a falta de vítimas em Israel sugerem exatamente o contrário.
Vamos ao que pode explicar o sucesso de Israel na prevenção de um resultado catastrófico.
1. Sistemas de alerta precoce
As sirenes, os alertas enviados para os telemóveis e a popular aplicação “Red Alert” avisaram os civis em tempo real.
Estes sistemas baseiam-se em informações dos serviços militares e das Forças de Defesa de Israel (IDF), que calculam as trajetórias dos mísseis e acionam os alarmes nas zonas visadas.
Dependendo da localização, os civis tinham entre 15 segundos e três minutos para procurar abrigo, dependendo do perigo apresentado pelos aparelhos inimigos, relata a BBC.
O sistema deu a praticamente todos os civis tempo suficiente para se dirigirem para um local seguro.
2. Abrigos anti-bomba
Outro fator chave de sucesso foi a extensa rede de abrigos anti-bomba de Israel.
Desde 1993, a lei israelita obriga a que todos os novos edifícios, incluindo casas e escolas, incluam salas de segurança reforçadas ou abrigos anti-bomba.
Os abrigos públicos também estão por todo o lado: só em Telavive há pelo menos 240. Quando os mísseis começaram a ‘chover’, os cerca de dez milhões de cidadãos de Israel receberam ordens para procurar abrigo.
3. A Cúpula de Ferro e o David’s Sling
O sistema de defesa aérea de Israel, incluindo a sua famosa Cúpula de Ferro, foi claramente crucial na interceção da maioria dos mísseis que se aproximaram.
A Cúpula forma a primeira linha de defesa, intercetando foguetes de curto alcance e projéteis de artilharia. Recorre a um radar que deteta e calcula a trajetória dos mísseis que se aproximam e interceta os que constituem ameaça.
Israel também utilizou o seu sistema David’s Sling, concebido para intercetar mísseis balísticos de curto e médio alcance e foguetes de grande calibre. Funciona juntamente com os sistemas Arrow 2 e Arrow 3, este último, capaz de intercetar mísseis no espaço antes de reentrarem na atmosfera terrestre.
Esta abordagem de defesa aérea em camadas, concebida em parceria com os Estados Unidos, forma o escudo necessário contra ataques de mísseis de diferentes alcances.
4. Apoio de Aliados Internacionais
Os Estados Unidos terão avisado Israel horas antes para um “ataque iminente” do Irão, o que deu certamente tempo aos militares israelitas para se prepararem.
Os EUA também contribuíram diretamente para o esforço de defesa antimíssil: o Pentágono confirmou que foram disparadas 12 munições antimíssil de navios da marinha estacionados no Mediterrâneo para ajudar a intercetar os mísseis iranianos.
Para além dos EUA, outros aliados internacionais contribuíram para a defesa de Israel. As forças armadas da Jordânia terão intercetado alguns dos mísseis, e o Reino Unido também terá estado envolvido e “feito a sua parte” para evitar uma nova escalada na região, segundo o ministro da Defesa do país, citado pelo The Guardian, embora o seu papel não tenha sido clarificado.
Além disso, os líderes iranianos têm tudo a perder caso venha a ser levantada uma guerra direta entre Irão e Israel. Será que os ataques, que neste caso ocorreram por vingança pelo assassinato de três líderes, são levados a cabo apenas por princípio?
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Ao contrário de Israel, o Irão não atacou áreas civis. Ou seja, os Iranianos estão a dar uma lição de moral aos “moralistas”.
Não sei o que andas a cheirar, mas 99% dos alvos dos misseis era para cair em zonas civis tal com todos os misseis do Heznobolas 9000+ e do Hamas (10000+). Caiam onde caírem eles não querem saber, acertando num hospital que o Israel montou só para tratar pessoas de Gaza junto a fronteira
“Quando a arma que mata, defende a paz e a liberdade de um povo, os profetas choram mas não acusam” .
Os iranianos, financiadores do terrorismo moralista, criaram a oportunidade, não queria estar na pele deles.
A vingança de Israel vai ser terrível!
Primeiros os misseis deles tem a mesma capacidade de acertar num alvo como de um russo com 2 litros de Vodka no estômago acertar um tiro a mil metros de distância…. Ainda bem porque eles (Irão) tentaram bombardear uma central nuclear…
Como os portugueses defendem Israel, um povo santo não faz mal a uma mosca só os outros são malandros,
As a falar dos que invadiram 700 anos Portugal e criaram o maior esquema de venda e compra de escravos da história do Mundo? Os mesmo que na Carta deles diz que o Mundo inteiro lhes pertence e lhes tem que submeter a um califado mundial em que tem que lhes pagar um imposto anual para se manter vivo e não se tornar “empregado” para o resto da vida deles?
AEIOU podem fazer uma história sobre o The Hamas Charter (1988) e o que eles fizeram quando lhes foi dado poder absoluto sobre Gaza? Já que no Charter diz que queriam construir um paraíso para todos e no fim até a sepulturas de judeus foram retiradas e os judeus ficaram barrados de entrar onde nasceram para sempre.
Caro leitor,
Obrigado pela sua sugestão, que tomaremos em consideração.