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Investigada denúncia contra Carlos Alexandre por escutas ilegais

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José Sena Goulão / Lusa

O juiz Carlos Alexandre

O juiz Carlos Alexandre

Uma denúncia de que o juiz Carlos Alexandre terá solicitado a realização de escutas ilegais a um candidato a uma Junta de Freguesia de Mação, de onde o magistrado é natural, está a ser investigada pela Procuradoria–Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Foi o antigo coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária (PJ), Carlos Dias dos Santos, quem avançou com a denúncia, conforme reporta o semanário Expresso.

Dias dos Santos está, actualmente, em prisão domiciliária, depois de ter sido acusado de corrupção e associação criminosa por suspeitas de que recebeu subornos de traficantes de droga para lhes fornecer informação policial privilegiada, isto após ter dedicado a sua carreira na PJ a combater o tráfico de droga.

A denúncia efectuada contra Carlos Alexandre terá surgido, em primeiro lugar, em 2016, numa carta anónima enviada à Procuradora-Geral da República e que Dias dos Santos alega ter também recebido, conforme relata o Expresso.

O ex-coordenador da PJ já foi ouvido como testemunha no âmbito do inquérito-crime aberto pelo Ministério Público, no Tribunal da Relação de Lisboa, em torno da suspeita, mesmo que haja aqui um possível conflito de interesses.

É que foi Carlos Alexandre quem determinou que Dias dos Santos devia permanecer com pulseira electrónica, no âmbito da “Operação Aquiles” que envolve as suspeitas da sua associação com traficantes de droga.

As alegadas escutas pedidas pelo magistrado nunca chegaram a acontecer por se ter considerado que não havia indícios suficientes que as justificassem.

O pedido de Carlos Alexandre terá surgido em 2005, envolvendo um residente de Mação que “exibiria sinais de riqueza exterior injustificáveis e seria suspeito de tráfico de droga internacional”, conforme refere o Expresso.

“Se tivessem sido aprovadas as escutas seriam ilegais, já que um juiz não pode ser informador da polícia e, simultaneamente, autorizar pedidos baseados na sua denúncia”, realça o semanário, apontando que “o caso foi arquivado e o visado nunca chegou a ser escutado”.

ZAP //

2 Comments

  1. Bem, ao menos, ao nosso Garzon, ainda não o começaram a metralhar com balas !!!!
    Ainda só é com Processos.
    Mas dêem tempo ao tempo !!!!!

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