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A Inteligência Artificial pode provocar uma guerra nuclear, defende Robert Work

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Robert Work defende que o risco do uso de sistemas de Inteligência Artificial a nível militar reside no seu envolvimento na decisão de lançar um ataque nuclear.

Para Robert Work, ex-secretário adjunto da Defesa dos Estados Unidos, os sistemas de Inteligência Artificial não devem estar envolvidos no controlo de armas nucleares, uma vez que estas são lançadas com base em determinados parâmetros e indicadores.

Um artigo recente da Breaking Defense explica que, em algumas situações, a Inteligência Artificial pode interpretar certos fatores que não são perigosos como ameaças, e esta é, para Robert Work, uma “perspetiva preocupante”.

O artigo cita como exemplo o sistema russo Perimetr, um sistema criado na URSS de controlo automático de ataques nucleares de retaliação. Este sistema, ao considerar uma atividade sísmica como explosões nucleares, pode enviar um pedido ao quartel-general militar e, se não receber resposta, poderá dar ordem de lançamento de mísseis balísticos intercontinentais.

Work afirma que a utilização militar da Inteligência Artificial pode ter consequências desastrosas mesmo que esta não esteja diretamente envolvida na gestão das armas nucleares. Esse poderá ser o caso, principalmente, da sua utilização na análise de informações de reconhecimento, bem como nos sistemas de alerta precoce.

O ex-secretário adjunto da Defesa dos Estados Unidos aponta para um cenário de pesadelo se uma IA comandar uma operação de ataque nuclear de um país.

“Imagine ter um sistema preditivo de IA num sistema de comando e controlo nuclear a ser lançado com base em certos parâmetros. Essa é uma perspetiva muito, muito, muito mais alarmante do que qualquer coisa que possa pensar em termos de armas individuais”, garantiu o ex-responsável, citado pela Sputnik News.

Ainda assim, Robert Work assinala que a Inteligência Artificial pode beneficiar os militares. No entanto, ressalva que o seu uso deve ser limitado e que não se deve estender às armas nucleares.

ZAP //

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