O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que em 2020 criou a aplicação StayAway Covid, desenvolveu uma solução para implementar o certificado verde digital da covid-19 em Portugal.
Ao ECO, o administrador do instituto, Rui Oliveira, explicou que a aplicação, desenvolvida em colaboração com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), pode não ser a solução “oficial” adotada pelo Governo, visto que este ainda não se pronunciou sobre a mesma. A decisão de a adotar oficialmente cabe ao Ministério da Saúde, apontou o responsável.
“Desenvolvemos uma aplicação conforme o modelo discutido e estabelecido na eHealth Network [uma rede voluntária composta por autoridades nacionais de saúde da União Europeia], sempre em diálogo com a Casa da Moeda. Sinceramente, não sei que evolução é que pode ter no que diz respeito à nossa colaboração nesse processo”, referiu.
O certificado verde digital é uma medida de cariz “discriminatório, por definição”.
O INESC TEC desenvolveu e implementou a StayAway Covid, que rastreia eventuais contactos dos utilizadores com pessoas diagnosticadas com covid-19. A aplicação mereceu perto de três milhões de ‘downloads’.
O certificado verde digital deverá ser adotado a nível europeu para permitir que os cidadãos vacinados, que tenham anticorpos naturais contra a doença ou que tenham feito um teste negativo à covid-19, possam viajar no espaço europeu a partir do verão.