Miguel A. Lopes / LUSA
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro
Ministro da Saúde assegura que emigrantes continuam a ter médico de família; centros de saúde têm outra perspectiva.
As listas dos utentes dos centros de saúde estão a ter uma actualização em larga escala.
Haverá utentes que serão apagados das listas dos centros de saúde para dar lugar a outros.
O ministro da Saúde assegurou que o sistema está a resultar e que nenhum utente será excluído de uma lista sem ser contactado antes.
Numa fase em que há 1.7 milhões de utentes sem médico de família, o Governo quer baixar esse número para 1.4 milhões.
Essa diferença de 300 mil é precisamente um número apresentado pelo Ministério da Saúde.
O Ministério indica que há mais de 300 mil pessoas inscritas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que já não vivem em Portugal. Ou, então, que têm um registo indevido na base de dados.
Muitas pessoas estarão a ocupar vagas nas listas dos médicos nos centros de saúde – e nunca vão a uma consulta.
Este “apagão” nas listas não vai afectar os emigrantes, assegurou Manuel Pizarro. O ministrou assegurou no Parlamento que os 120 mil emigrantes inscritos no SNS não vão perder o seu médico de família.
No entanto, o vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar diz o contrário. No jornal Público, António Luz Pereira avisa que os emigrantes passarão a ser “inactivos” e, por isso, deixam de estar nas listas dos centros de saúde e ficam sem médico de família.
E o principal problema nem serão os emigrantes: serão os imigrantes.
“Todos os dias” há pessoas de países como Angola, Cabo Verde, Brasil, Ucrânia ou Israel a inscreverem-se nos centros de saúde, indica António Luz Pereira.
Muitas dessas pessoas mudam de casa várias vezes, por causa dos valores do mercado imobiliário, e é preciso atenção à retirada desses nomes das listas dos centros de saúde, que já estará a acontecer: “Faz sentido retirar os que não estão cá e não usam o SNS. Agora, retirar os que são utilizadores só vai complicar“.
É simples ….quem não comparecer a uma consulta agendada , sem motivo válido , é riscado da lista do Médico de Familia ! ….Há muitas inscrições só por “conveniência” nos Centros de Saúde , sem residência efetiva no Território Português . Por outro lado o direito a Saúde é , ou deveria de ser Universal e efetivo em qualquer País do Mundo , se assim fosse este problema deixaria de existir !