Inês Sousa Real rejeita eventual saída da liderança do PAN

Paulo Cunha / Lusa

A líder do Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Inês de Sousa Real

Deputada explica que “a direção optou por convocar a auscultação de todos os filiados”, e que a opção entre um Congresso eletivo ou alteração de estatutos teria de ser decidida pelos militantes.

De acordo com a Rádio Renascença, apesar das críticas do antigo líder do PAN, Inês Sousa Real recusa deixar a liderança do partido.

Segundo a SIC Notícias, a representante do Partido Pessoas Animais Natureza admitiu a realização de um novo congresso, mas reforçou que só os militantes do partido vão decidir se há mudanças na direção.

“Aquilo que esta direção democraticamente optou por fazer foi convocar a auscultação de todos os filiados”, afirmou Inês Sousa Real.

A deputada explica que “o Congresso é um órgão meramente representativo, ou seja, os filiados não têm o poder de participar diretamente, tem que ser por representantes”.

Daí a decisão de “convidar todas e todos os filiados a fazer esta reflexão em conjunto e a decidir se querem um Congresso eletivo ou apenas um congresso de alteração estatutária”.

A porta-voz do PAN afasta assim a possibilidade de apresentar a demissão, depois de o antigo líder do PAN, André Silva, ter defendido que a atual direção devia deixar todos cargos.

André Silva criticou o resultado eleitoral do PAN num artigo de opinião publicado no jornal Público, onde também mostrava o seu descontentamento face à estratégia seguida pela atual direção mesmo antes das legislativas serem convocadas.

Inês Sousa Real considera que o nome do partido “não está na lama”, argumentando ter herdado “uma direção fraturada, um partido com dissidências internas“.

“Perdemos um eurodeputado sob a sua [André Silva] direção, perdemos uma deputada no Parlamento”, aponta.

Por isso, a líder do PAN olha para as acusações de André Silva como um “triste espetáculo”, considerando que a conduta do antigo líder tem “intenções que não passam por um debate interno”.

“Não sei se [André Silva] quer voltar a ser porta-voz do PAN ou abrir caminho para Nélson Silva; o que sei é que há aqui uma atitude concertada que, a meu ver, é lamentável”, atira.

Inês Sousa Real fala ainda de um “ataque às causas” do PAN e apela “ao sentido de responsabilidade dos dissidentes” do partido.

ZAP //

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