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Inês Sousa Real deverá avançar para liderança do PAN. Fundadores querem corte abrupto com o PS

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João Relvas / Lusa

Inês de Sousa Real deverá avançar com uma candidatura à liderança do PAN e a ideia é manter a linha de continuidade de André Silva. Os fundadores tentam impor um rumo diferente.

O Expresso avança, esta sexta-feira, que a líder parlamentar do PAN, Inês de Sousa Real, deverá apresentar a candidatura à liderança do PAN nos próximos dias. O objetivo é manter a linha de continuidade e adotar uma postura construtiva face ao Executivo.

A ala crítica do PAN não agarra esta ideia e tenta aproveitar a saída de André Silva da direção para impor um rumo diferente ao partido que passa por um afastamento do Governo. Os fundadores admitem avançar com uma lista para o Congresso, agendado para junho, e que criticam duramente o Executivo de António Costa.

António Santos, filiado número um, disse ao semanário não aceitar “compactuar com o partido no poder”. “Em primeiro lugar, o PAN é um partido sincrético, não é de esquerda nem de direita. E depois não faz sentido sustentar um Governo apoiado pelo PS, que promove a tortura animal”, justificou.

O Expresso sabe que os fundadores do PAN têm tido reuniões para avaliar a situação do partido e a formação de uma eventual lista, mas querem também reunir-se com Inês de Sousa Real.

“O momento do PAN é de gravidade e exige reflexão e ponderação. Admito que a Inês, que já foi provedora do Animal na Câmara de Lisboa, possa recentrar o partido na sua matriz inicial, mas precisamos de saber quais são as suas intenções”, afirmou.

A líder parlamentar, confrontada pelo matutino, recusou adiantar se está disponível para dialogar com os fundadores, mas remeteu para breve a decisão sobre a candidatura. Há também quem aposte em Bebiana Cunha, deputada eleita pela círculo do Porto, para um lugar de destaque.

No Governo, aguardam-se desenvolvimentos futuros. A verdade é que o que sair da disputa de liderança do PAN pode ditar o que António Costa vai ter de fazer no futuro, isto porque, com o BE de fora da equação, o xadrez político torna-se imprevisível.

Liliana Malainho, ZAP //

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1 Comment

  1. “não é de esquerda bem de direita”? Pois… É muito provável que nem sequer seja um partido… Por uma simples razão, é que na AR sentam-se os representantes de um povo; ou seja, os deputados representam pessoas. Uma vez que o PANdemia representa os animais e a natureza, parece-me que nem sequer deveria lá estar! Talvez num Estado Selvagem possa existir, mas não num Estado Civilizacional. Se uma ideologia defende defende mais os bichinhos do que as pessoas, então é verdade que não é de esquerda nem de direita, é simplesmente “humanofóbico” (misantropo). Mas para quem tem aversão aos seres humanos a solução é fácil, saem do parlamento e vão viver para a selva. E lá podem viver o conviver com os seus semelhantes, sujeitando-se às leis da bicharada.

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