INEM mostra bebé encontrado no lixo. PJ procura a mãe nos hospitais e na rua

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INEM / Instagram

“Bem-vindo puto!” INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) divulga foto do bebé encontrado no lixo.

Numa altura em que a Polícia Judiciária (PJ) continua a investigar o caso do bebé que foi encontrado no interior de um contentor do lixo em Lisboa, o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) divulgou uma foto do recém-nascido no momento em que o assistiu, ainda na ambulância.

“Bem-vindo puto!” É desta forma que o INEM partilha, no seu perfil do Instagram, a imagem do recém-nascido ainda na ambulância, a caminho do hospital, depois de ter sido encontrado por um sem-abrigo num ecoponto em Lisboa, perto da discoteca Lux.

O bebé está ainda internado nos Cuidados Intensivos do Hospital Dona Estefânia, mas encontra-se “clinicamente estável”, segundo as últimas informações clínicas.

Entretanto, a PJ procura identificar os pais da criança. Nesse sentido, estará a analisar as imagens das câmaras de video-vigilância do terminal de navios de cruzeiros que se encontram junto à discoteca, como aponta o Correio da Manhã (CM).

Também há um vídeo que mostra o momento em que o bebé terá sido resgatado do lixo e que pode servir para ajudar a PJ.

A investigação passa também pelos hospitais, já que a mãe do recém-nascido pode ter precisado de assistência médica depois do parto, ou poderá vir a precisar dela nas próximas horas.

O sem-abrigo que encontrou a criança, um homem de 44 anos, também revelou ao CM que a PJ lhe pediu para ficar “atento aos casais que dormem na zona”. Há, assim, suspeitas de que a mãe possa ser também sem-abrigo.

Em causa está o crime de exposição ou abandono, com o Código Penal a prever uma pena de prisão até 5 anos.

Bebé pode ser encaminhado para adopção

O bebé foi encontrado “sem qualquer tipo de protecção, nem roupa, nem agasalho”, “estava simplesmente dentro do caixote do lixo da maneira como nasceu“, explicou à RTP o Comissário da PSP André Serra.

De acordo com o Comissário, o recém-nascido do sexo masculino “aparentava não ter tido qualquer tipo de assistência médica”. Teria o cordão umbilical com um nó, evitando o sangramento, e indícios de hipotermia grave. Tudo indica que terá sido abandonado imediatamente a seguir ao parto.

Logo que o bebé deixe de precisar de cuidados médicos, deverá ser encaminhado para uma instituição. Caso a PJ não consiga identificar familiares que possam cuidar da criança, o próximo passo será o encaminhamento para adopção.

Em 2018, foram abandonadas 254 crianças, 10 das quais com menos de seis meses de vida, de acordo com dados da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens citados pelo Expresso.

ZAP //

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