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INE contraria Marques Mendes (e toda a gente): crescimento do PIB fica nos 2.8%

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Nuno Fox / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

A economia portuguesa continua a dar sinais positivos, com um crescimento de 2,8% no segundo trimestre de 2017. Mantém, assim, o desempenho trimestral homólogo mais positivo dos últimos dez anos, continuando a crescer acima da Zona Euro mas, ainda assim, aquém das expectativas dos analistas.

De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais relativas ao período entre Abril e Junho, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,8%, em termos homólogos, em volume, uma variação idêntica à registada no trimestre anterior.

São números divulgados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e que, comparando com o trimestre anterior, indicam um crescimento de 0,2%.

A economia portuguesa mantém assim, pelo segundo trimestre consecutivo, o desempenho trimestral homólogo mais positivo dos últimos dez anos, que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.

Para este resultado contribui, em grande parte, a procura interna que superou os números do trimestre anterior, fruto da “aceleração do Investimento”, explica o INE.

Marques Mendes anunciou crescimento superior a 3%

Marques Mendes tinha previsto, no seu habitual espaço de comentário na SIC, que o INE anunciaria um crescimento “ligeiramente acima de 3%”, o que seria o melhor resultado trimestral deste Século.

“Desde o ano 2000 que Portugal não cresce 3% ou mais”, sublinhava o ex-líder do PSD na SIC, prevendo que seria “um dia histórico para Portugal”.

Afinal, o palpite de Marques Mendes não se veio a comprovar, depois de já, no fim de Julho, ter recebido um “puxão de orelhas” do INE que o acusou de antecipar resultados que já tinham sido publicados há um mês, a propósito dos números do desemprego.

Analistas económicos também falharam previsões

Em média, a expectativa de analistas económicos contactados pela Lusa apontava para um crescimento de 3% no segundo trimestre deste ano.

O Núcleo de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP), da Universidade Católica, apresentava a projecção mais optimista (de 3,3%), seguindo-se o BBVA (3%), o Montepio (2,9%) e o ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão (2,8%).

A estimativa oficial mais recente do Governo prevê um crescimento da economia de 1,8% este ano, depois de ter crescido 1,4% em 2016.

No entanto, o ministro das Finanças já admitiu, em entrevista à Reuters, um crescimento superior a 3% entre Abril e Junho deste ano, o que resultará num crescimento anual de mais de 2%.

O INE vai divulgar os resultados das estimativas detalhadas de crescimento do PIB no próximo dia 31 de Agosto.

“Economia cresce pelo 15.º trimestre consecutivo”

O ministro das Finanças, Mário Centeno, congratulou-se hoje com o crescimento de 2,8% do Produto Interno Bruto no segundo trimestre deste ano em termos homólogos, acrescentando que indicia uma boa perspetiva de crescimento futuro.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística “renovam o ritmo” do crescimento da economia, com o PIB no “nível máximo da última década”, afirmou o governante em declarações aos jornalistas, no Ministério das Finanças, em Lisboa.

“A nossa economia cresce pelo 15.º trimestre consecutivo“, disse Centeno, destacando que este crescimento foi “acima do crescimento da União Europeia”.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. 3… 2… 1… Contagem decrescente para a Direita ressabiada vir dizer que, depois de 2 anos de consistentes provas dadas, isto ainda é resultado do Governo anterior… Cujas medidas de austeridade não pararam de nos atirar para o buraco.

    Mesmo que por absurdo, este Governo estivesse 50 anos no poder e Portugal se tornasse o país mais rico da Europa. Os maus perdedores do clubismo partidário, continuariam a dizer que foi tudo graças à PAF e às suas medidas de calça arreada à Troika.

  2. SE toda a gente é MM, então Portugal é anão. A rir-me muito e de boca aberta …. Eu seu educadinhos, que uma senhora não se ouve rir, vê-se rir… mas, quando a estupidez é tanta vale bem um rebolar…..Ahahahahahaha………

  3. alguem poderá informar estes comentadores e jornalistas que esta reação da economia é fruto tanto das medidas anteriores (adaptação da capacidade e eficiencia rodutiva real) como das atuais (pelas expetativas) e que nao deve ser metida a partidarite nestas questoes? o que interessa é perceber o que faz crescer a economia (consumo, despesa publica, investimento ou exportaçao), é sustentável, e se em valores absolutos, os numeros são suficientes para começar a encarar a divida publica de outra forma. isso é que interessa ver na informação noticiosa.

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