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Indonésia fez desfile de caixões para persuadir pessoas a usarem máscara

Com o objetivo de persuadir as pessoas a usarem máscara, a Indonésia teve a ideia de organizar um desfile com caixões nas ruas de Jacarta.

A Indonésia teve uma ideia original para persuadir as pessoas a usarem máscara. No dia 1 de setembro, pessoas equipadas com um fato de proteção desfilaram pelas ruas de Jacarta, segurando em caixões. No fim, deixaram-nos em exibição em lugares estratégicos nos vários subdistritos da cidade.

O Governo impôs que os infratores que não usassem máscara fossem obrigados a participar nos desfiles dentro dos caixões durante cinco minutos. As autoridades caracterizaram esta ideia como uma “oportunidade para refletir sobre os seus erros”. A punição foi altamente criticada e revogada apenas três dias depois, no dia 4 de setembro.

“Espero que o público fique alerta e pratique sempre as orientações de distanciamento social, use máscara e lave as mãos”, disse o governador de Jacarta, Anies Baswedan, em declarações ao jornal indonésio Republika.

Saidih, chefe do subdistrito de Cipedak, diz que embora a campanha não fosse obrigatória, todos os subdistritos participaram. “Vemos que muitas pessoas subestimaram o vírus, por isso é um bom lembrete. Ou você quer ter saúde ou estar dentro de um caixão, é essa a escolha”, disse Saidih, citado pela NPR.

Coube aos responsáveis dos subdistritos decidir como iriam construir os seus caixões, já que o governador de Jacarta não deu nenhuma indicação de normas a seguir.

“Com a ajuda dos residentes locais, fizemos os caixões com tábuas espalhadas ao nosso redor. Não há alocação de orçamento”, explicou Saidih.

Não tardou até que o movimento gerasse polémica. Os internautas recorreram às redes sociais para criticarem a iniciativa, categorizando-a como inadequada e um desperdício de dinheiro. Os indonésios apontam o dedo ao Governo, acusando-o de falhar em fornecer assistência social decente para os pobres.

Por mês, a administração de Jacarta oferece o equivalente a 40 euros em dinheiro e alimentos, tais como um saco de arroz, biscoitos e duas latas de sardinha por mês.

“O Governo recusou implementar a quarentena nas áreas fortemente afetadas, alegando desaceleração económica, e agora querem que o público siga as suas ordens”, disse Mahesa Paranadipa Maikel, da Associação de Médicos da Indonésia.

Desde o início da pandemia, a capital indonésia já registou 49.397 casos positivos, contribuindo para entre 60 a 65% dos casos no país. Face à subida do número de infeções, Jacarta já voltou a implementar as medidas de restrição.

ZAP //

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