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Na Indonésia, infratores da quarentena são presos em “casas assombradas”

Um político local da Indonésia encontrou uma forma peculiar de punir quem violar a quarentena decretada por causa da pandemia de covid-19, que já infetou mais de sete mil pessoas e fez mais de 600 vítimas mortais no país asiático.

Kusdinar Untung Yuni Sukowati, responsável pela região de Sragen Regency, decidiu prender temporariamente aqueles que desrespeitem a quarentena em casas abandonadas, que os habitantes locais acreditam ser assombradas, conta o portal Newsweek.

Sukowati tomou esta decisão depois de perceber que muitas pessoas que viajam para a ilha de Java – altamente povoada na Indonésia – estavam a “furar” as regras de isolamento social, que ditaram que quem chega à ilha é obrigado a fazer uma quarentena de pelo menos duas semanas, conta a Agence France Presse (AFP).

Tendo em conta esta tendência, e confiando nas superstições locais e na “educação” através do medo, o político indonésio definiu a nova (e peculiar) punição: prender os infratores em casas consideradas assombradas.

“Se houver uma casa vazia e assombrada na aldeia, coloquem lá pessoas [que tenham furado a quarentena] e prendam-nas“, disse o responsável à agência noticiosa, dando conta que os moradores locais receberam ainda ordens para converter casas abandonadas em centros de detenções temporários.

Heri Susanto viajou da vizinha Sumatra para Java e, por não cumprir a quarentena, acabou presa numa casa alegadamente assombrada. Em declarações à AFP, disse ter aprendido uma valiosa lição, revelando, contudo, que não encontrou fantasmas.

“Percebo que é para a segurança de todos. Lição aprendida”.

Escrever “desculpe” 500 vezes

Também a Índia “inovou” no que respeita a castigos associados à covid-19: a polícia de uma cidade no norte do país decidiu punir os turistas que violem o confinamento obrigatório, obrigando-os a escrever 500 vezes “desculpe”.

Dez turistas de Israel, México, Austrália e Áustria foram presos enquanto passeavam pelas ruas de Rishikesh e foram obrigados pela polícia a escrever 500 vezes “Eu não segui as regras de confinamento, desculpe”, contou um agente da polícia.

Desde que o confinamento foi decretado no pais, no final de março, os habitantes só podem sair de casa para comprar medicamentos e bens essenciais

A pandemia de covid-19 já matou mais de 170.000 pessoas e há quase 2,5 milhões de infetados em todo o mundo, desde que surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00. De acordo com os dados da agência, a partir de dados oficiais, foram registadas 170.368 mortos e mais de 2.483.840 infetados em 193 países.

Pelo menos 558.400 foram consideradas curadas pelas autoridades de saúde.

ZAP //

 

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