Jornalistas, rappers, cientistas: todos são independentes a apelar ao voto na CDU

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Hugo Delgado / LUSA

Paulo Raimundo e João Oliveira (PCP)

Alguns dos 167 independentes que pedem votos nos comunistas foram militantes do Bloco de Esquerda.

A CDU teve nesta terça-feira um apoio público, num texto assinado por 167 independentes que apelam ao voto na coligação de esquerda.

A CDU – Coligação Democrática Unitária é formada pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).

Mas alguns destes independentes foram militantes do Bloco de Esquerda, como destaca o Diário de Notícias. Outros eram militantes do PCP mas afastaram-se do partido.

Uma vereadora que passou pelo Bloco foi Rita Silva: “Eu não milito actualmente em nenhum partido, mas estou muito comprometida com a luta social e sei que os partidos não são todos iguais e que o nosso voto faz diferença. Votar na CDU pode ajudar a ter mais políticas que defendem as pessoas comuns, quem trabalha, e não dar a maioria absoluta ao PS, mas, de forma estratégica, puxá-lo para a esquerda o mais possível, para evitar o mais possível acordos à direita ou deixá-lo no centrão, que é o PS amigo das políticas neoliberais que não nos são favoráveis”.

No geral, o texto avisa: “Não somos militantes do PCP, nem do PEV, e não partilhamos todas as suas posições. Mas sabemos da importância e seriedade das suas propostas em áreas fundamentais”.

“Propostas que enfrentam interesses entranhados, do imobiliário à banca, e que são feitas em nome de um país que se quer solidário e autónomo”, explicam.

Entre os nomes estão 10 nomes do jornalismo como José António Cerejo ou Emídio Fernando, os rappers Flávio Almada e Xulajji, cientistas e outras pessoas ligadas à cultura.

José António Cerejo – ex-Público – nunca tinha apelado publicamente ao voto num partido: “Tomei agora esta posição porque acho que o momento é especial, mas também porque estou reformado. Votar na CDU contraria os ventos dominantes da política neoliberal. Embora eu discorde em muitas coisas do partido, faz muita falta a voz do PCP na Assembleia da República”.

O escritor Rui Zink elogia a “competência” do PCP. “E eu gostei da geringonça. Por jogar o seu jogo e não cair nas armadilhas do soundbite, o PCP tem sido silenciado. O verdadeiro cordão de silêncio é à volta do PCP e isso é objetivo. Só isso já me faz gostar dele”.

Voltando ao documento, lê-se que as “classes populares” ficaram com vida mais difícil devido à diminuição do número de deputados comunistas em São Bento.

ZAP //

11 Comments

  1. Estes vultos, ao apoiarem o PZP, revelam muito pouco discernimento. Totalitários disfarçados de lutadores pela justiça social.

  2. Boa!
    Vamos votar em quem defende a agressão da Rússia à Ucrânia, em quem defende as ações de um dos maiores tiranos, assassinos e corruptos de todos os tempos.
    Vamos votar em quem pretende espalhar a miséria, porque no fundo gosta da miséria, e vamos votar em quem passa a odiar quem sai da miséria e tem sucesso.
    Vamos votar num partido totalitário onde a liberdade individual não existe, num partido onde os seus representantes são sempre os mesmos, quase como numa monarquia em que o rei é rei até morrer ou ficar farto de exercer esse poder.
    Vamos votar num partido de subjugação individual, onde as pessoas perdem direitos, liberdades e autonomia, onde passam a ser pouco mais que miseráveis ou marionetas ao serviço de um valor alegadamente maior, valor esse que é comandado por uma minoria privilegiada e inquestionável.
    Vamos ter o nosso Maduro, Chavez, Stalin, Mao, Castro ou Kim Jong-un

  3. Mas estes gajos estão parvos ou têm algum truque na manga????
    Gosto muito da minha liberdade e não confundo com libertinagem.
    Querem um estilo de Putin em Portugal????
    Não venham com a conversa de que quem não gosta do Putin e PCP é pró America.
    Já são 50 anos a ouvir a mesma merda de musica!!!

  4. 50 anos de extrema esquerda radical
    Não Evoluem.
    Juntem-se ao Chega retrógado. Extrema direita radical
    No fundo são os dois iguais.

  5. Estes são da esquerda caviar. Vivem à grande e à francesa e dizem que defendem os pobres. O PCP nas últimas eleições perdeu metade dos deputados e agora espero que perca o resto.

  6. Dada a incompetência ou falta de vontade do PS para resolver os problemas da saúde, da habitação ou da servidão face aos interesses dos EUA, quem souber que só políticas de esquerda podem resolver esses problemas terá de optar pelo PCP ou pelo BE, e este, infelizmente, ainda não perdeu os contornos folclóricos.

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