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Complexidade, incompetência e lítio. Incêndio na Serra da Estrela dura há 7 dias e “destruição pode ser catastrófica”

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Miguel Pereira da Silva / Lusa

Incêndio na Serra da Estrela, Covilhã

Habitantes observam o incêndio na aldeia de Sameiro, na encosta Norte da Serra da Estrela, Covilhã.

A Serra da Estrela continua a arder há sete dias seguidos, com perdas trágicas em termos de biodiversidade. Mas o que explica, afinal, a situação? As respostas vão da “complexidade” do terreno à incompetência dos meios de combate e dos políticos, mas também chegam aos interesses no lítio.

Já arderam 10 mil hectares na Serra da Estrela no incêndio que começou no sábado passado, na Covilhã, e que continua sem dar tréguas. O fogo já alastrou a Manteigas, Gouveia, Celorico da Beira, Guarda e Seia, com as chamas a destruírem zonas classificadas como património mundial da UNESCO.

Na quinta-feira, cinco bombeiros ficaram feridos, três em estado grave.

Ao sétimo dia de incêndio, as chamas continuam a não dar descanso aos bombeiros e chovem críticas de todos os lados, visando quer os meios de combate ao fogo, quer os políticos, locais e nacionais, pelo que não têm feito em termos de planeamento do território, para evitar este tipo de situações.

O fogo da Serra da Estrela é o maior do ano, com uma extensa área ardida e perdas assinaláveis.

“A maior operação de que há memória”

A secretária de Estado da Protecção Civil, Patrícia Gaspar, justifica a situação com a “enorme complexidade” que a Serra da Estrela coloca aos meios de combate ao incêndio, com muitas “dificuldades e desafios”, conforme declarações na CNN Portugal.

É uma “zona com uma orografia muito acidentada, caminhos estreitos“, aponta Patrícia Gaspar, notando o “empenhamento dos meios”, mas “na maior cautela” perante todos estes “riscos”.

A Secretária de Estado fala ainda da “maior operação de que há memória”.

Nesta sexta-feira de manhã, havia no terreno 1.648 operacionais a combater o fogo, com o apoio de 502 meios terrestres e de sete meios aéreos, segundos dados da Protecção Civil.

Até ao momento, o Governo não achou ainda necessário activar o Mecanismo Europeu de Combate a Incêndios para ter mais meios no terreno, como disse Patrícia Gaspar à RTP1. Mas a Secretária de Estado revelou que um Canadair espanhol tem estado a ajudar a combater o incêndio.

Dois Canadair inoperacionais

Duas aeronaves Canadair contratadas pelo Governo português para o combate a incêndios estiveram inoperacionais nesta quarta-feira, não podendo actuar no incêndio na Serra da Estrela.

A Força Aérea Portuguesa justifica a situação com “motivos de manutenção, uma delas manutenção programada inadiável, a outra para resolução de uma anomalia“, conforme revela uma fonte da entidade à Lusa.

Estas aeronaves distinguem-se por serem as que, no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), “apresentam a maior capacidade de descarga (mais que 5.000 litros)” e têm “uma autonomia de três horas”, podendo “realizar ‘scooping’ [a manobra de reabastecimento de água] em rios, estuários, barragens, lagos ou no mar”.

Nesta altura, apenas um dos Canadair estará inoperativo por motivos de manutenção, com estimativa de ficar operativo ainda no decurso desta sexta-feira.

“O combate está a ser feito como pode ser feito”

Muitos autarcas estão desagradados com a forma como a Protecção Civil tem gerido o combate ao incêndio, apontando à descoordenação de meios.

Críticas que o investigador Miguel Almeida, da Universidade de Coimbra (UC), refuta, salientando à Lusa que “não são justas”.

O combate está a ser feito como pode ser feito, [perante] condições extremamente nocivas e difíceis”, analisa, frisando que “há algumas coisas que poderiam ter sido feitas”, mas “do lado da preparação para este tipo de cenários ou da prevenção”.

É muito difícil chegar a determinadas encostas, porque não há acessos”, nota, salientando que Portugal tem “um dos sistemas de combate mais robustos e mais desenvolvidos da Europa”.

Miguel Almeida refere que este incêndio “é muito complexo e dominado pela topografia, visto que é uma zona de montanha, e pelo vento que se tem levantado durante as tardes”.

“Por outro lado, temos uma sobrecarga de combustíveis e sobretudo combustíveis que estão muito secos. Todos sabemos a seca que o país atravessa e essa seca reflecte-se aqui, na perda de humidade dos combustíveis, tornando-os muito disponíveis para arderem”, aponta ainda.

Onde andam António Costa e Marcelo?

Também há quem questione onde andam António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa que ainda nem sequer se pronunciaram quanto à situação trágica que se vive na Serra da Estrela.

Para o antigo presidente da Liga dos Bombeiros, Duarte Caldeira, há um “distanciamento” entre as administrações centrais e locais que considera “absolutamente preocupante”, conforme declarações à RTP1, defendendo uma maior interacção entre os diferentes níveis de poder.

Já para o especialista em floresta Paulo Pimenta de Castro um dos grandes problemas é a falta de gestão territorial no país. É “uma gestão de abandono”, diz na RTP1, salientando que “temos as áreas protegidas demasiado desprotegidas”.

PAN destaca os interesses no lítio

Por outro lado, há quem aponte a interesses que podem estar em jogo quanto às áreas florestais da Serra da Estrela.

A líder do PAN, Inês de Sousa Real, refere-se a este fogo, notando que “já destruiu 10,7% do Parque Natural da Serra da Estrela” e que “é criminoso o que ano após ano continua a acontecer ao património natural do nosso país, fruto dos interesses económicos que prevalecem e da falta de prevenção”.

“Não podemos esquecer os interesses que existem na exploração de lítio na região“, aponta ainda Inês de Sousa Real numa publicação no Twitter.

Perdas irremediáveis no Parque Natural

O Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) vai demorar décadas a recompor-se deste incêndio e pode haver locais irremediavelmente perdidos, alerta o dirigente da Quercus, Domingos Patacho.

A classificação como Parque Natural considerou em conta o facto de ser uma região com “refúgios de vida selvagem e formações vegetais endémicas de importância nacional“, com destaque para as turfeiras, os cervunais ou os bosques de teixo, a lagartixa-de-montanha ou a salamandra-lusitânica.

“A primeira lição deste incêndio é a de que temos de ter áreas mais compartimentadas, são precisas mais folhosas, como as faias, que em Manteigas foram menos atingidas pelo fogo e que poderão por isso regenerar-se mais facilmente”, aponta o dirigente da associação ambientalista e engenheiro florestal.

Mas para Patacho, o mais preocupante como consequência do incêndio são as encostas íngremes do Vale do Zêzere, agora sem árvores e sujeitas à erosão quando chover, como aliás já aconteceu no passado, com o arrastamento de terra e rochas.

Nos próximos meses devem existir medidas de gestão de emergência para fazer a contenção da erosão e travar o arrastamento de terras nos sítios mais sensíveis, alerta o presidente da Quercus.

O biólogo José Conde, do Centro Interpretação da Serra da Estrela (CISE), também alerta para os “danos enormes” na biodiversidade da região pelo facto de o incêndio estar a afectar várias áreas de grande relevância para a conservação da natureza.

“Qualquer destruição pode tornar-se catastrófica”, acrescenta ainda o dirigente da organização ambientalista Zero, Paulo Lucas, lembrando que podem estar em causa “habitats extremamente raros e vulneráveis”.

Paulo Lucas também aponta que o PNSE é “o parque que mais área ardida tem”, notando que entre 2017 e 2021 arderam 21.884 hectares do seu território, um quarto da área total da zona protegida.

“Temos de começar a analisar isto a sério. Há muito trabalho necessário em relação às causas associadas ao mau uso do fogo, não basta fazer ´Portugal chama´”, aponta referindo-se à campanha de sensibilização do Governo contra os incêndios.

ZAP // Lusa

17 Comments

  1. Relativamente ao incêndio da Serra d Estrela, assim como do resto dos incendios verificados no País, o problema, esta no inivio do vombate aos mesmos, e a culpa recai nos responsaveis e no sistema da Protecção Civil.
    Antigamente, quando os incendios começavam, estes eram comunicados aos Bombeiros e estes actuavam de imediato, começando a combater o incendio logo de inicio, na sua raiz.
    Hoje os incendios começam, sao comunicados aos bombeiros, que por sua vez teem que os comunicar à central da proteção civil em Lisbia, e depous a xentral em Lisboa ainda vai estudar o mesmo ou os mesmos, e so depois haverá as indicações de combate ao incendio, sempre debaixk da batuta do responsavel da protecao civil, enquanto isto o incendio que se tivesse sido combatido logo no seu inicio, quase nunca oj nunca se alastrava, agora quando vao dar inicio ao combate do mesmo, edte já se envontra inckntrolavel.
    Pergunto de quem é a responsabilidade?
    Apostem na prevenção sim, mas na prevenção real e atempada , e deixaremos de ter as catadtrofes que temos tido há uma década de anos para cá.
    Antigamente tbem havia altas temperaturas e muitas mas os incendios eram logo combatidos localmente, e raramente havia catastrofes vomo hoje em dia e que todos os anos se verificam, cadavez mais.
    É verto que hoje ha falta de limpeza nas matas , mas isso bao justifica tudo, ha altas temperaturas dos solos, mas será que isso justifica tudo?
    Há muita falta de civismo, nas será que também isso seja justificação para tudo?
    Não

    • J. Galvao, Fofinho Rui Parada, tens toda a razão, só que antigamente o povo defendia o seu património , mesmo quando o MATO nao era deles mas era utilizado para as camas do gado e para as estrumeiras e de seguida utilizado como fertilizante, naquele tempo nem se conheciam os adubos, e os cereais e as hortícolas, os tubérculos e as fruteiras forneciam produtos de qualidade e de tamanho superior aos de hoje, bons tempos. as espigas de centeio , de trigo ou de cevada tinham o dobro do tamanho de hoje, os milheiros criavam rocas de tamanho que nao vemos mais, durante a as duas grandes guerras fornecemos alimento a toda a europa, os montes, serras e vales forneciam também alimento aos animais (milhoes) domesticos e selvagens , criando naturalmente carne , peles , aves , abelhas / Mel , peixe, trutas, enguias, e outros, enfim uma panóplia de elementos nutritivos, que hoje só no super mercado, os minerais foram sempre uma exploração natural dos civilizados, mas sempre controlados pelos munícipes, que também contribuíam para o controle das florestas e das suas plantas ou arvores , mondavam-se os pinhais e protegiam-se as arvores de fruto como os medronheiros, castanheiros , pinhas mansas, etc… o povo ao mínimo sinal de incendio atacava de imediato com arbustos e utensílios de qualquer formato e os fogos nao tomavam as proporções de hoje , é verdade que naquele tempo os bombeiros eram o que eram e nao podiam ser o que são hoje , carros vistosos , equipamentos de ultima geração, aviões, helicópteros, torres de vigia, sistemas de contacto ( que nao funcionam ) , mas nao controlam antecipadamente a prevençao no desmatamento , nas linhas de ligação aos lugares e aldeias isoladas , aconteceu um caso recente que um proprietário foi identificado e intimado ao desmatamento do seu terreno só que nao foi alertado de que nao poderia usar maquinas , as autoridades estavam a “CUCA” e assim que ligou a maquina, multaram o homem em milhares de euros, ate as autoridades que deveriam ser preventivas promovem a caça a multa, assim nunca nos iremos entender.

  2. Que vergonha. A Serra a arder há uma semana e oscdesgovernantes deste país nem aparecem para dar peloenos a aparência de que estão preocupados.
    Pobres portugueses e pobre Portugal… VERGONHA

    • J. Galvao , Fofinha, Elsa Masters, , deve ter presente que os nossos governantes nasceram nas antigas colonias , logo nao sentem a Portugalidade da Fofinha, portanto a vergonha passa ao lado deles, vão cumprindo o calendário que permite garantir o salario, e que vier a seguir que feche a PORTA.

  3. Dúvido muito que se consiga recuperar a biodiversidade, todos os ecossistemas que foram destruídos! Isto é muito, muito, muito mau para todos!

  4. Culpado destes incêndios é o António Costa dado quando Ministro da Administração Interna desactivou os Guardas Florestais, as Vigias, os Cantoneiros a BT da GNR a GNR a Cavalo e a GNR a pé pelos olivais, pinhais e floresta e hoje? Por isso a GNR usava plainas por causa do Mato e dos répteis etc… E hoje?????
    Era assim e era raro haver fogos e hoje????
    O Pinhal de leiria que foi mandado Plantar pelo Rei D. Diniz (O Lavrador) e estava na nossa História de Portugal á mais de 300 anos, e hoje???? Hoje não existe porque foi destruído em 2017 com o incêndio e porquê????
    Pois já me referi acima.
    Deixaram de fazer a limpeza ê o enquadramento nos Pinhais, Floresta, Olivais e as Bermas da Estradas que até hoje os sinais de trânsito ficam tapados, com mato ervas e caniço e os cruzamentos e entroncamentos por isso acidentes de viação por falta de visibilidade do condutor.
    No meu tempo como militar tinha soldados que limpavam os Pinhais, Olivais e Florestas e os presos ajudavam até fazerem obras públicas como todas as Escolas Primárias de Portugal e só havia um projecto, por isso as Escolas Primárias eram todas iguais e era uma referência. e assim havia uma economia e hoje????

  5. Assim que aparece uma auto-proclamada Autoridade, já sabemos qual vai ser o resultado.
    Agora dão-lhe o nome de p. civil. Não é esse o nome completo.

  6. De facto é uma tristeza! É muito grave! Necessitamos de gente mais competente a governar o país! Não existe por parte dos governantas conhecimento da realidade do país, não sabem gerir os recursos/impostos, não sabem o que é prevenir para se evitarem as graves cousas dos fogos, nada ou pouco fizeram desde Pedrogao, vejam como está o que resta do Pinhal de Leiria, com séculos de existência e tudo destruido, ou nada fizeram ou nos poucos locais que houve replantarão nada zelaram, nem o mato cortaram. Senhores deputados da Ass. da a
    Assembleia da República e senhores governantes, venham ver! Saiam dos gabinetes, deixem-se de perder tempo com politiquices e exerçam a vossa função, servirem o país, que foi para isso que foram eleitos. Sirvam vez de se servirem. Cumpram com Nobreza a função de serem políticos que deve ser Nobre.

    • J. Galvao , Fofinho Luís Verdasca, a tristeza é de fato muito grave e abrangente, estou contigo, a nossa responsabilidade esta em sermos críticos com soluçoes , e quando votamos termos em atenção em quem votamos, vivemos um regime democratico logo a nobreza ficou de fora, os eleitos governantes foram-no apenas com 25% dos cidadãos , assim torna-se fácil as desculpas usadas pelos governantes, que deveriam de fato de preocuparem-se com o pais e nao com os negócios das escolas na Ucrânia ou das armas para matar seres humanos, ou dos cereais que ninguém quer comprar e ficam no alto mar a deriva a espera, esperando por um messias esfomeado de fato, noutros momentos ja fiz referencia a soluçoes , mas teremos de ser todos a insistir para a responsabilidade dos nossos governantes.

  7. Curioso de todas as opiniões e comentários ninguém tocou no ponto fulcral de toda esta situação. Porquê? falta de conhecimento ou de coragem?
    è certo que antigamente também existiam altas temperaturas e ventos e tudo isso, haviam menos meios eramos um país mais pobre, mas tinhamos uma floresta rica. Todos os Autarcas que querem é sacudir a água do capote, deviam ter os olhos postos num situação e essa ninguém refere. O FOGO DEFLAGROU ÁS 3 DA MANHÃ. Altere-se o sistema judicial agravem-se as penas aos pirómanos e a todos os envolvidos.
    o nosso sistema judicial é a vergonha do nosso país, atente-se no rei dos catalizadores.
    Não esqueçam que toda a despesa com o combate aos incêndios é paga por nós, sai dos nossos impostos, que vão pagar alugueres de avioes e tudo o resto.
    Tenhamos todos vergonha desta situação

  8. De facto é uma tristeza! É muito grave! Necessitamos de gente mais competente a governar o país! Não existe por parte dos governantas conhecimento da realidade do país, não sabem gerir os recursos/impostos, não sabem o que é prevenir para se evitarem as graves cousas dos fogos, nada ou pouco fizeram desde Pedrogao, vejam como está o que resta do Pinhal de Leiria, com séculos de existência e tudo destruido, ou nada fizeram ou nos poucos locais que houve replantarão nada zelaram, nem o mato cortaram. Senhores deputados da Ass. da a
    Assembleia da República e senhores governantes, venham ver! Saiam dos gabinetes, deixem-se de perder tempo com politiquices e exerçam a vossa função, servirem o país, que foi para isso que foram eleitos. Sirvam vez de se servirem. Cumpram com Nobreza a função de serem políticos que deve ser Nobre. Espero não ser censurado! Vou publicar em tudo o que puder, jornais, Tv’s, Twitter, Facebook, …

  9. Se fosse uma inauguração em vésperas de eleições estariam lá todos os ministros. Muito triste este país onde os interesses dos próprios está acima de Portugal. Desgoverno e falta de sentido de Estado.

    • J. Galvao, Fofinha RITA , tens toda a razão, nao se inaugura o inicio de um incendio, mas ja se inaugurou o inicio da campanha dos incêndios como se tratasse de um campeonato, com contratos avultados de aviões ( que nao funcionam), sistemas de contacto , comissões de proteção, bombeiros especiais (GNR) , mascaras e outros equipamentos, mas nunca foram antecipadamente ao terreno , nem preveniram com ações de limpeza de fato , mesmo que depois cobrassem aos responsáveis , e ate poderiam confiscar os terrenos para propriedade publica, até porque nao se conhecem os proprietários da maioria dos terrenos, Mas aqui poderá estar a falta de coragem desses responsáveis, pois se, ao serem DONOS dos terrenos teriam de ser eles a fazer (todos os anos) a limpeza dos matagais, e ai poderia parecer que chegavam o fogo para justificar os custos e as inaugurações.

  10. J. Galvao , Fofinho Luís Verdasca, a tristeza é de fato muito grave e abrangente, estou contigo, a nossa responsabilidade esta em sermos críticos com soluçoes , e quando votamos termos em atenção em quem votamos, vivemos um regime democratico logo a nobreza ficou de fora, os eleitos governantes foram-no apenas com 25% dos cidadãos , assim torna-se fácil as desculpas usadas pelos governantes, que deveriam de fato de preocuparem-se com o pais e nao com os negócios das escolas na Ucrânia ou das armas para matar seres humanos, ou dos cereais que ninguém quer comprar e ficam no alto mar a deriva a espera, esperando por um messias esfomeado de fato, noutros momentos ja fiz referencia a soluçoes , mas teremos de ser todos a insistir para a responsabilidade dos nossos governantes.

  11. JGalvão, não se conhecem os proprietários dos terrenos mas garanto-lhe que, dentro de pouco tempo, uma qualquer empresa interessada na exploração do quartzo, feldspato e lítio o fará graciosamente! O mesmo aconteceu nas terras do Barroso onde, graças a um levantamento cadastral feito pela empresa interessada na exploração do lítio, já todos sabem o que é de quem ! O Barroso foi classificado como património agro- pastoril da humanidade pela UNESCO e no entanto de nada lhe valeu o título porque eles andam lá que nem abutres prontos a derrubarem serras sem saberem se no seu interior existirá a quantidade de lítio desejada!!! Não me admiro que seja retirada à serra da Estrela a classificação, dadas as enormes perdas verificadas no seu património, para depois se poder fazer o que “mais interessa”!!!

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