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Serra da Estrela: “Não sei quantos meios há, nem quero saber!” – palavras fortes do presidente da CM Guarda

Nuno André Ferreira/LUSA

Bombeiros fazem pausa no combate ao incêndio na Serra da Estrela

 

“Vejo gente a mais a fazer a menos”. Um exaltado Sérgio Costa abordou as dificuldades no incêndio perto de Videmonte.

O incêndio na zona da Serra da Estrela continua a ser o mais preocupante no país.

Já decorre há uma semana e mais de 1.500 operacionais estão no terreno, de acordo com os números da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, actualizados na manhã desta sexta-feira.

 presidente da Câmara Municipal da Guarda estava visivelmente irritado e desagradado ao falar sobre essa situação.

Na RTP3, na noite passada, começou por demonstrar gratidão a quem tem tentado combater os 20 mil hectares de área ardida, mas logo a seguir avisou: “As coisas não estão a correr bem”.

 É preciso assumir as falhas e rapidamente corrigi-las. O que não pode acontecer é as falhas repetirem-se de forma sistemática”, apontou Sérgio Costa. 

 O fogo junto a Videmonte estava “completamente incontrolável”. E, quando estava a ser questionado sobre o número de meios no terreno, interrompeu a jornalista Carolina Freitas e respondeu: “Não sei, nem quero saber! Permita-me dizer isto: não sei, nem quero saber! Só não os vejo. É verdade!”.

O autarca entende a necessidade rotação dos operacionais, que é “perfeitamente normal”, mas uma das duas frentes do incêndio foi “descuidada” na manhã desta quinta-feira: “Só havia quatro homens a combater as chamas”.

A lista de críticas prolongou-se: “As máquinas de rasto ficam horas a fio à espera para entrar no teatro de operações. Os grupos de operacionais demoraram duas horas e meia desde que chegaram até que começaram a combater as chamas. Isto não pode ser”.

“Não sei se é descoordenação. Mas aquilo que vejo, se calhar, é gente a mais a fazer a menos”, alertou o presidente da Guarda, admitindo que “é possível” que haja demasiadas pessoas a controlar as operações.

ZAP //

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