Imposto sobre super-ricos? Portugueses dizem sim

Julien Hubert / Instagram

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Uma sondagem, divulgada esta terça-feira pelo Correio da Manhã, revela que a esmagadora maioria dos portugueses aprova um imposto sobre fortunas. Só 14,6% dos inquiridos reprovaram a ideia.

A introdução de um imposto sobre os 0,5% mais ricos de Portugal (que representam 42 mil contribuintes) seria suficiente para pagar três vezes as medidas com mais peso já aprovadas pelo Governo.

Seriam 3,589 mil milhões de euros a entrar nos cofres do Estado.

De acordo com uma sondagem da Intercampus feita para o Correio da Manhã, a grande maioria dos portugueses aprova a criação deste imposto. “Apenas 14,6% dos inquiridos reprovam a ideia”, concluiu ainda a sondagem.

Na última reunião do G20, em julho, Portugal foi um dos países que se demonstrou agradado com fórmula apresentada pelo Brasil para taxar os mais ricos do mundo.

Um relatório apresentado na ocasião revelou que um imposto mínimo de 2% sobre os bilionários seria a opção mais indicada para restaurar a progressividade tributária globalmente e arrecadar mais de 250 mil milhões de dólares (230,9 mil milhões de euros ao cambio atual) por ano.

De acordo com o Observatório Tributário da União Europeia existem cerca de 3.000 bilionários em todo o mundo.

À data, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, afirmou que Portugal está aberto à ideia de se criar um imposto global para super-ricos.

“O imposto para os super-ricos é algo que merece estudo e consideração, ao qual estamos abertos, claramente”, afirmou Rangel, à saída da reunião. Ainda assim, alertou que os contornos da iniciativa “não estão totalmente definidos”.

Segundo um relatório recente do Tax Justice Network, no caso de Portugal, a medida poderia render 3,589 mil milhões de euros aos cofres do Estado – o equivalente a 6,6% do total da receita fiscal arrecadada.

Como detalha o Correio da Manhã, essa verba pagaria: oito vezes o suplemento extraordinário para as pensões mais baixas; dez vezes a redução do IRS com a atualização das tabelas de retenção na fonte; e 23 vezes tanto o valor anual do aumento do suplemento de risco das forças de segurança, como o valor total do reforço do Complemento Solidário para Idosos.

ZAP //

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