A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito para avaliar em termos disciplinares se foram desenvolvidas as “boas práticas policiais” no caso da cidadã alegadamente agredida por um segurança dos transportes coletivos do Porto.
Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que a abertura do inquérito surge após a IGAI ter concluído um processo administrativo, iniciado a 28 de junho, sobre a atuação da PSP naquele caso.
A mesma fonte referiu que a IGAI decidiu abrir um processo de inquérito para “avaliar se foram desenvolvidas ou não as boas práticas policiais no âmbito do processo penal”, tendo um prazo de 45 dias para o concluir.
Esta semana, o jornal Público avançou que o Núcleo de Deontologia do Comando da PSP do Porto abriu um processo disciplinar aos dois agentes que se deslocaram ao local onde ocorreu a agressão. O Diário de Notícias, por sua vez, diz que a PSP do Porto se recusou a dizer se o processo existe, embora também não o desminta.
Em causa estará a suspeita de violação do dever de zelo pelo facto de os dois polícias não terem detido o segurança em flagrante delito, nem perguntado à vítima se queria apresentar queixa.
Nicol Quinayas, de 21 anos, nascida na Colômbia mas que vive em Portugal desde criança, alega que foi violentamente agredida e insultada na madrugada de 24 de junho, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a exercer funções de fiscalização para a empresa Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
A jovem alega que os dois agentes da PSP que chegaram ao local não detiveram o segurança em flagrante delito, nem lhe perguntaram se queria apresentar queixa, tendo sido registado o auto de notícia três dias depois da ocorrência e já depois de ter feito queixa pessoalmente na esquadra.
O Ministério Público também abriu um inquérito crime para investigar este caso.
Na altura dos acontecimentos, a empresa de segurança privada 2045 anunciou, em comunicado, que iniciou um processo de averiguações interno relacionado com a agressão.
ZAP // Lusa