A falta de trabalhadores no sector hoteleiro já está a levar os grandes hotéis a aliciarem candidatos com prémios para a assinatura de contratos. É o que acontece no Grupo Altis, onde os novos contratados terão direito a um bónus de 350 euros.
As dificuldades em contratar novos trabalhadores estão a afectar vários sectores económicos, com particular incidência para o ramo hoteleiro, onde há “cerca de 30 mil postos de trabalho” por preencher, como revela o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, ao Correio da Manhã (CM).
Este cenário está a levar os hotéis a uma maior criatividade na hora de procurar e de aliciar candidatos.
Assim, há quem aposte em novos métodos de recrutamento, por exemplo, com o uso de redes sociais como o Facebook para encontrarem candidatos. Mas também há quem faça entrevistas de emprego à distância, através da plataforma digital Zoom.
Já no caso do Grupo Altis, a estratégia é oferecer um prémio de 350 euros a quem assinar um contrato de trabalho até ao próximo dia 15 de Abril.
O Grupo espera, assim, conseguir preencher vagas para as funções de empregado de mesa, empregado de bar, cozinheiro, empregado de andares, governanta, recepcionista e bagageiro, para os seus cinco hotéis em Lisboa.
Os candidatos interessados podem enviar currículo ou carta de apresentação para o email [email protected].
Esta aposta na atracção de novos trabalhadores surge numa altura em que o sector hoteleiro está a recuperar, com a pandemia de covid-19 a perder força. Já se regista “um aumento nas reservas” em muitos hotéis, como explica ao CM o presidente da AHP.
Além disso, Raul Martins nota que o contrato colectivo de trabalho assinado, no ano passado com os sindicatos, “aumentou substancialmente os valores a pagar”.
Assim, o sector espera poder atrair novos profissionais depois de muitos terem deixado esta área por causa da pandemia.
Há dados que apontam para a fuga de cerca de 75 mil pessoas, sendo que muitas acabaram por mudar de área profissional. Agora, pode ser difícil atraí-las de volta.
Das 1035 ofertas de emprego nas áreas do alojamento e da restauração divulgadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional em Dezembro de 2021, apenas 580 foram ocupadas, de acordo com dados divulgados pelo CM.
Enquanto houver subsídios para ficar em casa, vai haver falta de mão de obra.
Pois… no tempo da Salazar não havia falta de mão obra!…
Por detrás desses subsídios estão muitos ” boy’s ” a governarem-se com diversos cargos.
Subsídios para os grandes agricultores para não produzirem, deve ser a isso que se refere… Subsídios a fundo perdido para investidores que põem metade ao bolso, centenas de milhões para os banqueiros; isenções fiscais para a a maioria das empresas. Vai continuar a faltar mão-de-obra porque ser escravo em Portugal tem limites!
Querem mão de obra que paguem melhor. Em dezembro despedi-me do setor da restauração. Com o custo do transporte e o facto de te de comer lá e não ter subsídio de alimentação aproveitava 500€ ao fim de um mês de horário rotativo sem fins de semana e sem feriados. Dão muita notícia sobre a falta de mão de obra mas pouca sobre a causa.
Vai alguem pedir trabalho que tenha 45 anos e dizem que nao tem perfil Adequado ( velho ) Pagam Mal e a Mas Horas e Exigem Demais