Hillary Clinton, a antiga primeira-dama e secretária de Estado, que em 2016 perdeu a corrida presidencial para Donald Trump, não se candidatará à presidência dos Estados Unidos em 2020.
A antiga secretária de estado de Barack Obama anunciou a sua decisão durante uma entrevista esta segunda-feira ao canal de televisão nova-iorquino News 12, sublinhando, no entanto, que vai continuar atenta e interventiva na vida pública. “Vou continuar a trabalhar, a falar e a bater-me por aquilo em que acredito”, afirmou.
“O que está em jogo no nosso país, as coisas que estão a acontecer neste momento, são muito perturbadoras”, disse. Questionada sobre se tenciona candidatar-se a qualquer outro cargo público, Hillary Clinton respondeu apenas: “Penso que não”.
A antiga primeira-dama e secretária de Estado da administração Obama pôs assim termo à especulação crescente sobre a sua possível candidatura às presidenciais do próximo ano nos Estados Unidos e admitiu que já conversou com alguns dos candidatos democratas que estão a posicionar-se para a corrida. “A todos já disse que não tomem nada por garantido”, contou na entrevista ao canal televisivo.
Primeira mulher a participar nas eleições para a presidência do seu país, Hillary Clinton travou uma dura campanha eleitoral com Donald Trump em 2016, ao longo da qual foi perdendo terreno para o seu oponente.
Contra si teve o escândalo dos emails e foi acusada de excessiva proximidade a “tubarões” de Wall Street, por contraste com um progressivo distanciamento dos eleitores.
A sua derrota face a Donald Trump não deixou, no entanto de ser uma surpresa e choque para o partido democrata, que ficou numa posição difícil.
Com as próximas eleições presidenciais no horizonte, os candidatos democratas estão a posicionar-se – 14 já anunciaram a sua participação na corrida – para disputar as primárias, das quais sairá o candidato democrata que vai disputar a presidência do país com Donald Trump. Hillary Clinton está fora.
Michael Bloomberg anuncia que não será candidato
O antigo presidente da Câmara de Nova Iorque e multimilionário Michael Bloomberg, que há meses pondera lutar por uma investidura democrata às presidenciais de 2020, anunciou através da rede social Twitter que não se vai candidatar.
“A escolha que enfrentava era clara: deveria passar os próximos dois anos a falar das minhas ideias e do que fiz, sabendo que poderia nunca alcançar a investidura democrata? Ou passá-los a continuar o trabalho que faço e que já financio, que eu sei que pode produzir verdadeiros resultados, benéficos para o país?”, avançou Bloomberg, atualmente envolvido com as alterações climáticas.
“Dei-me conta de que prefiro fazer do que falar. E concluí que a melhor forma de ajudar o país é a de arregaçar as mangas e continuar a trabalhar”, concluiu o multimilionário de 77 anos, um dos homens mais ricos do mundo.
A Casa Branca não é um sonho novo para Bloomberg, que já tentou alcançá-lo, mas como independente. No outono passado inscreveu-se no Partido Democrata e passou os últimos meses a cortejar os eleitores às primárias, apresentando-se como um centrista.
A decisão de Bloomberg não o retira do panorama das eleições de 2020 e o seu papel de opositor de Donald Trump começará a fazer sentir-se à medida que a sua equipa for libertando a quantidade massiva de informação que tem vindo a preparar para derrotar o atual Presidente norte-americano.
ZAP // Lusa