Antigo banqueiro responsável pelo Banco Privado Português foi encontrado morto esta manhã, quando seria levado para a sessão preparatória relativa ao processo de extradição para Portugal.
A morte de João Rendeiro tem implicações diretas no procedimento criminal em que o antigo banqueiro estava envolvido e no qual foi condenado a 10 anos de prisão e viu alguns dos seus bens arrestados. No entanto, os advogados divergem nas opiniões quanto ao futuro do processo, com alguns a entenderem que este se extingue com o falecimento do arguido e outros o contrário.
Rogério Alves, antigo bastonário da Ordem dos Advogados, defendeu que “os processos não se extinguem, extingue-se apenas a responsabilidade criminal de João Rendeiro. No que lhe diz respeito, os processos são arquivados“. Ressalvou ainda que, havendo mais arguidos nestes processos, estes seguirão o seu curso contra essas pessoas”.
Já Miguel Matias, em declarações à agência Lusa, destacou que do ponto de vista civil “convém saber o que é a herança de João Rendeiro e se, por ventura, os seus herdeiros vierem a receber montantes relacionados com esta herança, se existirem responsabilidades de João Rendeiro, serão responsáveis até ao limite daquilo que tiverem recebido”. Ou seja, os bens que o antigo banqueiro deixa vão servir para pagar as indemnizações que João Rendeiro foi condenado a pagar.
De acordo com as informações divulgadas por June Marks, advogada de João Rendeiro, o antigo banqueiro português foi encontrado enforcado numa cela que supostamente dividiria com outros 50 reclusos. As circunstâncias da sua morte continuarão a ser investigadas.