Versão do ministro da Defesa de Israel. Ataque que matou 29 palestinianos junto a uma escola: “Há corpos espalhados por todo o lado”.
O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que o Exército israelita “eliminou ou feriu 60%” dos combatentes do Hamas, após nove meses de guerra na Faixa de Gaza, considerando tratar-se de um “êxito” militar.
O conflito entre Israel e o Hamas entrou no décimo mês no domingo passado.
“Houve muitos êxitos”, declarou Yoav Gallant na tribuna do Knesset, o Parlamento israelita.
O Exército está atualmente a operar em vários setores da Faixa de Gaza e, nos últimos dias, intensificou a ofensiva na cidade de Gaza.
No início de janeiro, porém, o ministro anunciou que tinha “concluído o desmantelamento da estrutura militar” do Hamas no norte do território palestiniano, onde se situa a cidade, antes de lançar as operações terrestres no centro e no sul do enclave.
“Eliminámos ou ferimos 60% dos terroristas do Hamas”, disse Gallant, assegurando que as forças israelitas “desmantelaram a grande maioria” dos batalhões do Hamas e que “os soldados [de Israel] lutam há nove meses com dedicação, sacrifício e sucesso”.
Questionado pela Agência France-Presse (AFP) sobre o número de combatentes correspondente à percentagem apresentada pelo ministro, o Exército israelita disse estar a verificar a informação.
O Ministério da Defesa também não esclareceu de imediato a percentagem.
“Trouxemos de volta metade dos reféns e estamos determinados a trazer os restantes”, acrescentou o Ministro da Defesa, referindo-se às 116 das 251 pessoas raptadas no dia 07 de outubro de 2023 e que continuam detidas em Gaza, de acordo com o Exército israelita. “Todo o aparelho de segurança está determinado a cumprir os objetivos da guerra” fixados por Israel, disse Gallant, nomeadamente erradicar o Hamas e libertar os reféns, 42 dos quais já morreram.
Após meses de negociações infrutíferas sobre um cessar-fogo, uma fonte próxima das conversações disse que os chefes dos serviços de informações dos Estados Unidos (CIA) e de Israel eram esperados nesta quarta-feira em Doha, Qatar.
“Não há mais vida”
Israel confirmou entretanto o ataque que matou 29 palestinianos junto a uma escola em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Esse edifício servia de abrigo a deslocados de guerra.
Segundo o exército israelita, foram utilizadas munições de precisão para atacar um “terrorista do braço militar do Hamas que participou, entre outras atividades terroristas, no brutal massacre de 7 de outubro”.
Um sobrevivente relatou: “Há corpos espalhados por todo o lado. Fomos destruídos. Não há mais vida“, cita a SIC Notícias.
ZAP // Lusa
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