Hacker português nega esquema de chantagem e criação do Football Leaks

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Peter De Voecht and Vincent Kalut / Photo News / rscanderlecht / Flickr

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O suposto autor do blogue Football Leaks, que tem divulgado documentos confidenciais sobre as transferências de vários jogadores da Liga Portuguesa, foi divulgado como sendo um hacker português – que nega a acusação e se diz vítima de difamação.

Foi o blogue Football Leaks Revealed que avançou com o nome de Rui Pinto, um português de 27 anos, residente em Budapeste, na Hungria, que terá histórico como hacker, como o pretenso autor da divulgação dos contratos de transferência de jogadores de Benfica, FC Porto e Sporting no site Football Leaks.

O caso acabou por ter eco em Espanha, onde o jornal Marca avança que o português terá recorrido a hacking para conseguir acesso aos documentos confidenciais que terá divulgado.

O diário salienta que Rui Pinto terá tido a colaboração do advogado Aníbal Pinto e que ambos terão montado um suposto esquema em que chantageariam os clubes portugueses com a divulgação dos documentos para obterem dinheiro.

Segundo o diário espanhol, os dois terão “extorquido e chantageado diversos clubes e, quando estes não pagavam, tornavam públicos os documentos”.

Em 2013, o mesmo Rui Pinto terá feito um ataque informático ao Banco Caledónia, das Ilhas Caimão, transferindo 300 mil dólares para o Deutsche Bank. O alegado hacker terá sido detido, mas o seu advogado conseguiu que pagasse apenas uma multa de 100 mil dólares como “castigo”, frisa o desportivo espanhol.

Em declarações ao CM, Rui Pinto garante que não tem nada a ver com o Football Leaks e que isto não passa de uma campanha de difamação contra si.

Entretanto, o Football Leaks Revealed retirou parte do conteúdo alusivo a Rui Pinto. Segundo o site, estes conteúdos foram removidos “depois da recepção de uma queixa válida a propósito da publicação de informação privada”.

Há dias, o jornal alemão Der Spiegel publicou uma entrevista com o pretenso autor do Football Leaks, a quem chamava apenas “John”, notando que seria um português residente em Budapeste.

Nesta entrevista, “John” assegurava que Jorge Mendes, o super-agente de futebol que representa Cristiano Ronaldo, entre outros futebolistas de topo, teria contratado detectives para o localizarem e que um empresário de futebol lhe ofereceu 650 mil euros pelos documentos a que teve acesso.

Uma proposta que terá recusado, alegando que se vendesse “não estaria a ser melhor” do que aqueles que denuncia.

Por revelar fica agora apenas o nome do criador do Futebol Leaks Revealed.

ZAP //

ACTUALIZAÇÃO – 12 SETEMBRO 2018:

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