Cerca de mil cidadãos europeus permanecem desaparecidos no Nepal, quase uma semana depois do violento sismo que afetou o país, disse hoje Rensje Teerink, a representante da União Europeia no Nepal.
Segundo Rensje Teerink, em declarações aos jornalistas, em Katmandu, a maioria estaria a fazer ‘trekking’ (marcha em trilhos) na remota zona montanhosa de Langtang, próximo do epicentro do sismo ou na região do Monte Evereste.
“Eles estão desaparecidos, mas nós não sabemos qual é a situação deles. Muitos estavam na zona de Langtang e outros na zona de Lukla”, disse a embaixadora, referindo-se à pequena pista de voo, conhecida como a porta do Evereste.
Outra fonte da União Europeia, que falou à agência de notícias France-Presse sob anonimato, disse que a maioria provavelmente está bem e em segurança, mas o seu estado é desconhecido devido às dificuldades no terreno e à falta de acessos às zonas afetadas.
Segundo os últimos dados oficiais, mais de 6.200 pessoas morreram e quase 14.000 ficaram feridas, apesar de se calcular que estes dados deverão aumentar por se desconhecer os efeitos do sismo nas zonas mais remotas do Nepal.
O sismo, ocorrido a 25 de abril, provocou ainda cerca de 2,8 milhões de deslocados num país com uma população de cerca de 28 milhões de habitantes e o ministério do Interior do Nepal assegurou que o sismo destruiu 148.329 edifícios em todo o país.
Com 7,8 graus na escala aberta de Richter, o sismo foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região na última década desde 2005, quando 84.000 pessoas morreram devido a um outro terramoto na Índia.
/Lusa
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