Portugal regista hoje 1.512 mortes relacionadas com a covid-19, mais sete do que na sexta-feira, e 36.463 infectados, mais 283, segundo o último boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Depois de se ter registado apenas um morto na sexta-feira em Portugal, a mortalidade por covid-19 voltou a aumentar. Neste sábado, a DGS assinala mais sete mortes.
A taxa de letalidade global por Covid-19 em Portugal é de 4,1%, enquanto acima dos 70 anos sobe para os 17,4%.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado o maior número de surtos, a pandemia de covid-19 atingiu os 14.622 casos confirmados, acima dos 14.407 casos totalizados até sexta-feira.
Por sua vez, a região Norte continua a registar o maior número de infeções, com 17.066.
Já a região Centro contabiliza 3.868 casos confirmados, seguida pelo Algarve (393) e Alentejo (281).
Os Açores registam 143 casos de infeção e a Madeira 90, permanecendo esta última região sem registo de óbitos.
Por concelho, Lisboa é o que regista o maior número de casos de infeção pelo novo coronavírus (2.852), seguido por Sintra (1.886), Vila Nova de Gaia (1.599), Loures (1.424), Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Braga (1.256) e Amadora (1.226).
Segundo o documento, 761 óbitos são mulheres e 751 homens.
Por faixa etária, o maior número de mortes regista-se entre as pessoas com 80 ou mais anos (1.018), seguida pela faixa etária entre os 70 e os 79 anos (290).
Entre a população com idades compreendidas entre os 60 e 69 anos totalizam-se 135 mortes.
Os dados da DGS indicam ainda 49 mortes na faixa etária entre os 50 e os 59 anos e duas mortes entre os 20 e os 29 anos.
Do total de infetados, 20.594 são mulheres e 15.869 homens.
A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (6.120), seguida da faixa dos 50 aos 59 anos (5.912) e das pessoas com idade entre os 30 e os 39 anos (5.699).
Entre os casos de infeção confirmados, 428 estão internados e 77 em unidades de cuidados intensivos.
A aguardar o resultado laboratorial estão 1.516 pessoas e em vigilância pelas autoridades de saúde 30.655.
Mais de 83% dos profissionais de saúde infetados já recuperaram
Até ao momento, 22.438 pessoas já conseguiram recuperar da infecção – são mais 238 do que no último balanço.
Entre os pacientes recuperados contam-se mais de 83% dos profissionais de saúde infectados com covid-19, pelo que mais de 2.900 regressaram aos seus serviços, revelou, neste sábado, o secretário de Estado da Saúde.
António Lacerda Sales falava na conferência de imprensa diária sobre a pandemia do novo coronavírus, destacando a “boa notícia” e o “reforço de confiança no futuro e na retoma da normalidade das instituições saúde”.
A 13 de Maio, o governante revelou existirem 3.183 profissionais de saúde infectados com o novo coronavírus, responsável pela covid-19, entre os quais 477 médicos e 838 enfermeiros.
Somam-se 774 assistentes operacionais, 152 assistentes técnicos e 107 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica infectados, adiantou.
António Lacerda Sales também revelou que os dados acumulados apontam para 658 profissionais de saúde recuperados.
DGS admite ser frequente detetar infetados em voos
“Não sei dizer exatamente quantos casos foram detetados, mas sei que é frequente a minha colega [da Direção-Geral da Saúde] identificar um ou dois casos em determinados voos”, indicou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“Não é em todos, mas não é uma situação rara, acontece com alguma frequência”, referiu.
Recordando que a aterragem e partida de voos em Portugal “nunca foi interrompida”, tendo apenas sido realizada com “menor fluxo” dadas as medidas restritivas aplicadas por causa da covid-19, Graça Freitas anunciou que “as novas medidas vão ser implementadas gradualmente”, referindo-se a questões como a medição da temperatura corporal e a um rastreio feito de forma digital.
“Nós todos os dias ou praticamente todos os dias detetamos casos [de covid-19] que vieram nesses voos”, notou a responsável.
A diretora-geral da Saúde disse ainda que “não podemos nunca estar descansados porque o vírus circula a nível planetário“.
Questionada sobre casos de ressurgimento do surto na China, que estão a levar à adoção de novas medidas restritivas, a responsável admitiu “essa é a preocupação de todos”, mas “não é uma coisa que não se esperasse”.
“O vírus está no nosso planeta, no nosso país, e a situação está controlada, mas sempre que levantamos a mão da mola, o vírus segue a sua trajetória”, notou Graça Freitas. Isto quer dizer que, “mesmo países que já o controlaram, podem sempre ter uma introdução”.
“É uma situação preocupante, mas não inesperada”, concluiu.
Sobre o “pequeno surto” num bairro piscatório de Espinho, a responsável afirmou que “tudo indica que está circunscrito”. “Surgiu a partir de um pescador, identificado, e [a infeção] seguiu para as pessoas que moravam com ele e que frequentavam um café”.
Foram feitos 54 testes, dos quais 14 tiveram resultado positivo para a infeção pelo novo coronavírus. Graça Freitas referiu que “as autoridades de saúde estão a identificar possíveis contactos” das pessoas infetadas e apelou para o “confinamento” das pessoas doentes, nomeadamente por estar em causa “um bairro densamente povoado”.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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