Há 11.636 casos activos de covid-19 em Portugal (e duas crianças nos Cuidados Intensivos)

Miguel A. Lopes / Lusa

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas

Portugal regista esta segunda-feira 1.330 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que no domingo, e 30.788 infectados, mais 165, segundo o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Há duas crianças internadas nos Cuidados Intensivos, a receber ventilação assistida.

Em comparação com os dados de domingo, em que se registavam 1.316 mortos, hoje constata-se um aumento de óbitos de 1,1%.

Relativamente ao número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (30.788), os dados da DGS revelam que há mais 165 casos do que no domingo (30.623), representando uma subida de 0,5%. O surto continua, assim, muito contido, apesar do desconfinamento gradual que tem vindo a ocorrer.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (744), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (322), do Centro (233), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados actualizados até às 24 horas de domingo, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.

Os dados da DGS indicam que há, no total, 17.822 pessoas recuperadas, mais 273 do que no domingo.

Contabilizando os casos confirmados, o número de mortes e as pessoas recuperadas, há 11.636 casos activos de covid-19 em Portugal.

Os doentes internados contabilizam um total de 531 pessoas, 72 das quais estão em unidades de cuidados intensivos.

A directora-geral de Saúde, Graça Freitas, refere que há “14 crianças internadas” com covid-19 no Hospital D. Estefânia, em Lisboa, três das quais “vieram de outra região (Alentejo)”.

Duas destas crianças estão nos Cuidados Intensivos, a receber ventilação assistida, apresentando quadros de “doenças crónicas graves”, segundo Graça Freitas.

Esta responsável fala ainda da situação na Azambuja, considerando que foram realizados 346 testes na Sonae, confirmando-se 121 casos positivos. “Pouco mais de 30 dos casos positivos têm sintomas” e uma pessoa está internada, “mas estável”, aponta ainda Graça Freitas.

Alguns dos óbitos do boletim de hoje não são das últimas 24 horas

O secretário de Estado da Saúde esclareceu hoje que apenas seis das 14 mortes de covid-19 incluídas no boletim epidemiológico ocorreram nas últimas 24 horas, resultando os restantes da verificação dos certificados de óbitos feitas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Apenas seis dos 14 novos óbitos ocorreram nas últimas 24 horas e os restantes nove óbitos incluídos no relatório da situação de hoje resultam da verificação dos certificados de óbitos levado a cabo pela DGS”, disse António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária para atualização dos dados referentes ao covid-19.

O secretário de Estado referiu ainda que a taxa de letalidade global é de 4,3% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 16,7%.

Na sua intervenção inicial, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que os certificados de óbitos eletrónicos emitidos pelo médico são feitos a pacientes suspeitos de covid-19, mas sem terem ainda um teste positivo.

“Nesta situação covid pode acontecer um óbito e a pessoa tem sintomatologia compatível com covid, o médico regista como covid e depois nas horas seguintes, se chegar um teste a dizer que afinal era negativo, que a causa seria outra, obviamente que esse óbito não é contabilizado. O inverso também pode acontecer”, disse Graça Freiras.

A diretora-geral da Saúde frisou que “pode haver pequenas diferenças” no número de óbitos novos em cada dia.

“Agora há muitos poucos casos de óbitos, não estranhem poder haver pequenas diferenças no dia-a-dia que se devem apenas à precisão do certificado de óbito”, sustentou.

121 casos na Sonae da Azambuja

Perto de 350 trabalhadores da Sonae, na Azambuja, já fizeram o teste à covid-19 e 121 testaram positivos, estando uma pessoa internada, avançou hoje Graça Freitas.

“Até à data foram realizados 346 testes [na Sonae na Azambuja], estão a ser feitos mais e destes o último dado que temos é que 121 destas pessoas estavam de facto positivas, sendo que trinta e poucas apresentam sintomas e apenas uma está internada, mas estável e bem”, disse Graça Freitas.

Segundo Graça Freitas, foram realizados testes noutras indústrias e noutras empresas da região, tendo sido detetados dois casos positivos numa dessas empresas e três noutra.

“Portanto, em relação à Azambuja a situação é esta, à medida que se fazem mais testes nos setores da Sonae afetados, que não são todos, encontram-se mais alguns casos positivos e neste momento são 121”, salientou.

Também têm sito feitos testes em várias obras na região de Lisboa e Vale do Tejo e “também têm sido encontrados alguns trabalhadores positivos”, tendo sido tomadas as medidas de saúde pública necessárias.

A diretora-geral da Saúde sublinhou que “a situação de Lisboa e Vale do Tejo está a ser acompanhada com muita atenção, quer no polo da Azambuja, quer nestes pequenos surtos em obras diversas com pessoas que vão de um lado para o outro”.

ZAP //

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