Ataques em diversas cidades, um deles a um hospital pediátrico: “Tudo indica que estamos de regresso à guerra do terror”.
O Hospital Pediátrico Okhmatdyt, em Kiev, foi atacado nesta segunda-feira. Era um dos maiores hospitais da Europa.
Surgiram diversas imagens de pessoas sob escombros (onde ainda estarão), crianças que estavam em tratamento, algumas com cancro que tiveram de ser acompanhadas pelos equipamentos necessários.
A Rússia nega ter sido responsável pelo ataque ao hospital – que matou pelo menos duas pessoas, ambas adultas – alegando que foram fragmentos de um míssil ucraniano a atingir o espaço.
A capital Kiev não foi o único alvo. Dnipro, Kryvyi Rih, Sloviansk e Kramatorsk também foram cidades atacadas nesta segunda-feira, num dos dias mais mortíferos desde o início da guerra.
Pelo menos 36 pessoas morreram ao todo, consequência do disparo de mais de 40 mísseis.
Estes ataques a outra escala não terão sido ao acaso. Quer no momento (hoje, terça-feira, começa a cimeira da NATO), quer nos locais (Kiev é a capital e Kryvyi Rih é a cidade onde nasceu o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy).
O major-general Isidro de Morais Pereira analisa este dia como um “mostrar de poder” por parte da Rússia de Vladimir Putin.
Na CNN, alertou que saiu daqui uma mensagem muito clara: “Só não fazemos mais porque não queremos. Porque, no dia em que quisermos, voltamos aos ataques bárbaros”.
“Isto é uma afirmação de poder, é a Rússia a dizer fazemos o que queremos e quando quisermos”, reforçou.
Na ligação com a cimeira da NATO, que será nos EUA, o especialista sugere que a Rússia quis avisar: “Tenham cuidado com as decisões tomadas em Washington; estamos atentos porque também temos aliados”.
Estes ataques podem ter sido o início de uma mudança na estratégia russa: voltar a insistir nos ataques aéreos, onde a Ucrânia tem mais problemas na defesa.
“Há um aproveitar, por parte da Rússia, para trocar de rotina de ataque. Já não é a primeira vez que a Rússia faz isto e consegue atingir de forma mais fácil os alvos a que se destina”, continua o major-general.
Isidro de Morais Pereira lamenta: “É o regresso à barbárie. Tudo indica que estamos novamente de regresso à guerra do terror”.
Até compara com outra guerra actual: “Parece a Faixa de Gaza”.
Porque será que niniguém se parece questionar sobre a lógica da Rússia gastar misseis muito caros para atingir um alvo civil sem qualquer interesse militar? Deveria ser claro para toda a gente que muito provavelmente um missil ant-aéreo ucraniano, tendo falhado o alvo, caiu com a sua carga explosiva intacta numa zona residencial da cidade de Kiev. Mas é muito mais útil atirar as culpas e o odioso para cima da Rússia, por muito falsa que seja a culpa russa. Quanto ao major-general Isidro de Morais Pereira, não passa de um porta voz da propaganda ucraniana e não merece qualquer credibilidade.
Oh Nuno, mas tu tens mesmo palas, ou achas que nós temos?
A minha versão é partilhada pelo coronel Mendes Dias (CNN Portugal), que costuma fazer umas análises muito isentas do conflito na Ucrânia. Mas quem é que quer ser isento? O que é preciso é dar porrada na Rússia…
Nuno, Nuno !! A sua isenção é exemplar e seguindo o teu raciocino a Ucrânia tem aquilo que merece dado que atacou a Rússia roubou terrenos pertencentes a Rússia e é um perigo para a humanidade visto estar cheia de neo-nazis e bichos papões. Ou seja a Rússia está a fazer o bem pela humanidade..
Pergunta: Quantos hospitais Russos a Ucrânia atacou??, Quantas crianças a Ucrânia matou ?? Quantas pessoas indefesas a Ucrânia matou ???, Quantas casas a Ucrânia destruiu ???
A sua ideologia política ou afinidade pelo país não lhe deve toldar o seu discernimento e deveria perceber a diferença entre um invasor agressor de um invadido defensor.
Como se no Oeste alguma vez fossem dizer que o míssil é Ucraniano.
Eu não digo que é Russo, nem que é Ucraniano. Eu não vou formar opinião com base num vídeo onde as opiniões se dividem.
Joe, conhece os termos “Black Swan” e “False Flag”? Os EUA são peritos nessas jogadas, e sobretudo, a mentir. Sabe quantos países os EUA invadiram, ou de alguma forma tiveram interferência, sobre a falsa pretensa da democracia? Ficou indignado pelos milhares de inocentes que morreram nas mãos dos EUA? Quem deu direito aos EUA de invadir todos esses países? Porque é que se perdoa tudo aos EUA, mas quando são os outros é uma indignação do tamanho do mundo?
Menos hipocrisia pf.
@ Luís Pedro. Quantos países ditos invadidos pelos EUA pertencem aos EUA ?? Parece-me que estar um pouco confuso quanto as ideologias desses dois países. Quanto ao resto se entende que as ideologias Russas são o exemplo a seguir, só espero que nunca tenha de obedecer a elas.
Joe, estou curioso. Qual é a ideologia da Rússia?…
O mundo que conhecíamos , onde um país, invadia, roubava, matava e saía quando os recursos acabavam, já era. Sim, estou a falar dos USA. O conhecimento tornou- se acessível a todos, os países em causa cansaram -se e abriram os olhos -BRICS. Os confrontos que existem nada mais é do que uma luta pelo poder por parte da NATO e seus aliados. Foram 40 anos..sei bem do que. falo…As ovelhas temem o lobo mas quem as comme é o pastor.
@Nuno Cardoso Silva o Imperialismo muito diferente do capitalismo/ liberalismo dos EUA no entanto há quem goste dos países autocratas com ideologias da idade média.
A contribuição da Rússia para a paz no mundo nos últimos 300 anos dá que pensar:
Anexação da Estónia e da Letónia, 1700-1721;
Anexação da Crimeia, 1783;
Supressão da Polónia, 1794-1795;
Ocupação da Finlândia, 1808-1809;
Guerra Caucasiana, 1817-1864;
Anexação da Geórgia, Arménia e Azerbaijão, 1826-1828;
Intervenção na Hungria, 1848-1849;
Guerra da Crimeia, 1853-1856;
Guerra Soviético-Ucraniana, 1917-1921;
Guerra Russo-Lituana, 1918-1919;
Guerra da Independência da Estónia, 1918-1920;
Guerra da Independência da Letónia, 1918-1920;
Guerra Polaco-Russa, 1919-1921;
Anexação da Íngria Finlandesa,1919-1920;
Invasão e Ocupação do Azerbaijão, 1920;
Invasão e Ocupação da Arménia, 1920;
Invasão e Ocupação da Geórgia, 1921;
Invasão e Ocupação da Polónia, 1939-1941;
Tentativa de Invasão da Finlândia, 1939-1940;
Ocupação da Bessarábia e Bucovina do Norte, 1940-1941;
Ocupação dos Países Bálticos, 1940-1941;
Segunda Guerra Soviético-Finlandesa, 1941-1944;
Ocupação da Roménia, 1944-1958;
Divisão da Alemanha, 1949-1990;
Intervenção na Hungria, 1956;
Invasão da Checoslováquia, 1968;
Invasão e Intervenção no Afeganistão, 1979-1989;
Primeira Guerra da Tchetchénia, 1994-1996;
Segunda Guerra da Tchetchénia, 1999-2009;
Invasão da Geórgia e Ocupação da Ossétia do Sul e da Abecásia, 2008;
Anexação da Crimeia, 2014;
Intervenção em Donetsk e Lugansk (Ucrânia), 2014 e 2022;
Invasão da Ucrânia, 2014 e 2022.
Sem comentários!
Obrigado pelo resumo do Tolo, é incrível a barbárie!
Os Russos são protagonistas de séculos crueldade e desordem, quando em termos de população global, 145 milhões são insignificantes, 1,8%.
Joe, o imperialismo não é uma ideologia, é uma prática. Bem conhecida na política externa dos Estados Unidos.
Sim, os EUA só invadiam, matavam, roubavam, e vinham-se embora. O problema era se ficassem lá. Sobretudo, países que pouco ou nada estão relacionados historicamente com os EUA.
O Irão foi invadido porque os EUA diziam que tinham armas de destruição maciça. Na verdade, o que Irão tinha era petróleo e toneladas de ouro. Ah, e tinham-se recusado a implementar um banco Federal sobre as mãos dos Rothschild.
Invadiram o Afeganistão por causa da Al-Qaeda, quando a Al-Qaeda era uma “filial” da CIA para fazer frente à implantação Soviética no Afeganistão, mas que mais tarde “rebelou-se”. Os EUA vieram-se embora do Afeganistão e deixaram perto de 7,5 mil milhões de dólares em equipamento militar e munições.
Eu não defendo a Rússia, mas também não defendo os EUA. Ambas as maneiras de agir estão erradas. Mas a um tapa-se os olhos, ao outro pega-se por tudo e por nada.
Tolo, tiveste de recuar 300 anos para fazer uma lista de 33 episódios. Eu apresento-te uma lista só de 1946 (fim da 2ªGM) até à data, mas dos EUA, entre invasões militares, golpes de estado e operações clandestinas. São mais de 90 episódios em menos de 80 anos:
Irão: 1946
China: 1946-1949
Grécia: 1947-1949
Itália: 1948
Costa Rica: 1948
Filipinas: 1948-1954
Albânia: 1949-1953
Síria: 1949
Coreia: 1950-1953
China: 1950-1953
Egito: 1952
Guatemala: 1952
Irão: 1952-1953
Vietname: 1954
Guatemala: 1954
Síria: 1956-1957
Indonésia: 1957-1959
Líbano: 1958
Panamá: 1958
Haiti: 1959
Vietname: 1959-1963
Cuba: 1959-1962
Camboja. 1959
Laos: 1960
Congo: 1960-1965
Vietname: 1960-1964
República Dominicana: 1961
Cuba: 1961-1962
Laos: 1962
Iraque: 1963
Equador: 1963
Panamá: 1964
Brasil: 1964
Vietname: 1965-1975
Indonésia: 1965-1967
Congo: 1965
República Dominicana: 1965
Laos: 1965-1973
Gana: 1966
Guatemala: 1966-1967
Camboja: 1969-1979
Óman: 1970
Chile: 1970-1973
Bolívia: 1971
Laos: 1971-1973
Etiópia: 1974-1991
Angola: 1975-1991
Timor Leste: 1975-1999
Argentina: 1976
Afeganistão: 1979-1992
Irão: 1980
Polónia: 1980-1989
Líbia: 1981
Chad: 1981-1982
El Salvador: 1981-1992
Nicarágua: 1981-1990
Líbano: 1982-1984
Granada: 1983
Honduras: 1983-1989
Irão: 1984
Líbia: 1986
Bolívia: 1986
Irão: 1987-1988
Líbia: 1989
Filipinas: 1989
Panamá: 1989-1994
Libéria: 1990
Iraque: 1990-1991
Iraque: 1991-2003
Haiti: 1991
Somália: 1992-1994
Jugoslávia: 1992-1994
Bósnia: 1993-1995
Haiti: 1994-1996
Croácia: 1995
Zaire (Congo): 1996-1997
Libéria: 1997
Sudão: 1998
Afeganistão: 1998
Jugoslávia: 1999
Macedônia: 2001
Afeganistão: 2001-2021
Venezuela: 2002
Iraque: 2003-2021
Haiti: 2004
Ucrânia: 2004, 2013-presente
Quirguistão: 2005
Palestina: 2006-2007
Iêmen: 2009-presente
Síria: 2005-2009
Líbia: 2011
Síria: 2102-2017
Venezuela: 2019-2022
Bolívia: 2024
Camarada Luís Pedro,
Obrigado pela tua extensa lista de 90 “invasões militares, golpes de estado e operações clandestinas”, que comparas com as 33 guerras iniciadas pela Rússia, a que chamas “episódios”, que O Tolo listou.
Consegues, já agora, dar uma lista das “invasões militares, golpes de estado e operações clandestinas” todas da Rússia no mesmo período, a ver se são 90 ou 243?
Ou então, em alternativa, consegues dar só a lista de intervenções militares dos EUA, que possamos comparar com as 33 da Rússia?
Spassibo!
Eu não tenho que mostrar lista da Rússia nenhuma, porque eu não estou a defender a Rússia. Que a Rússia é má, já eu sabia, afinal foi o que me ensinaram na escola. Só não me ensinaram na escola que os EUA são igualmente um cancro.
Só estou a mostrar que os EUA são igualmente podres. Que nenhum deles tem razão no que faz. E que é hipocrisia apontar o dedo a um e fechar os olhos a outro.
Mas está difícil compreenderem isso.
Eu nunca neguei nada da Rússia. Afinal a Rússia é um daqueles países em que todos os opositores políticos do Putin “suicidam-se”. O que é que há para defender em relação a um país desses?
Vocês é que se negam ao que os EUA fazem, só porque não passa na CMTV. O que os Russos fazem é verdade. O que os EUA fazem é rotulado de propaganda ou teoria da conspiração.
É tão difícil perceber que cada lado vende as mentiras que lhe interessa? Um exemplo muito simples: todos sabemos que o Sócrates roubou Portugal. Alguma vez ele admitiu isso? Por isso não esperem que os EUA admitam o que fazem, da mesma forma que a Rússia não o vai fazer.