Guerra parece não ter influência no novo Governo de Costa

Mário Cruz / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, com o Ministro das Finanças, João Leão, depois de a proposta de Orçamento do Estado para 2022 ter sido chumbada no Parlamento

O novo Executivo só será revelado depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indigitar António Costa a formar Governo.

A guerra na Ucrânia poderia reajustar a composição do Governo português em três áreas distintas, mas, de acordo com o Diário de Notícias, não parece que tal vá ter influência.

Em primeiro lugar, a pasta dos Negócios Estrangeiros, por causa da componente diplomática envolvida. Depois, a Defesa, pela componente militar e envolvimento na NATO e, por fim, a Segurança Social/Trabalho, devido aos refugiados ucranianos.

António Costa já tinha definido o que faria nessas três áreas e, ao que parece, o primeiro-ministro não irá mudar de ideias.

Augusto Santos Silva deverá dar lugar ao atual ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Apesar de não ter sido diplomata, Cravinho tem experiência académica na matéria, além de ter sido consultor. Além disso, foi embaixador da União Europeia (UE) na Índia e no Brasil e, durante seis anos, nos Governos de José Sócrates, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros.

Para a pasta da Defesa, Costa já terá formalizado o convite, mas o nome mantém-se em segredo. O diário aponta que já foi falada a possibilidade de ser a atual líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, a assumir o ministério, mas a sua ausência de experiência governativa parece ter desaconselhado esta escolha.

Na Segurança Social/Trabalho não se perspetivam mudanças, pelo que a ministra Ana Mendes Godinho deverá ser reconduzida.

Questionado pelo DN, o gabinete do primeiro-ministro não responde e remete para a nota emitida do início de fevereiro: “Compreende-se a natural curiosidade jornalística pelo processo e composição do novo Governo e outros órgãos, na sequência das recentes eleições parlamentares, mas são puras especulações, sem fonte credível, quaisquer notícias sobre intenções do primeiro-ministro, que não resultem de: declarações do próprio; ou de nota deste gabinete.”

ZAP //

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