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Greve dos motoristas. Governo em alerta total mobiliza polícia e militares

Carlos Barroso / Lusa

O reforço nas escalas das forças de segurança e PSP, GNR e Exército prontos a atuar são algumas das medidas que estão a ser estudadas pelo Governo para minimizar o impacto da greve dos motoristas a 12 de agosto.

O Governo tem pouca esperança de que ainda seja possível evitar a greve marcada pelos motoristas de materiais perigosos para o próximo dia 12 de agosto. “A probabilidade de acontecer a greve é séria“, reconheceu um responsável do Executivo ao Expresso, que não esconde que “causará seguramente transtorno”.

Embora continue a mediar o conflito e a apelar às partes para que cheguem a um acordo, o Governo acha que as empresas não têm margem para ceder mais e que a atitude dos sindicatos não indicia qualquer recuo.

“Estamos a trabalhar para perceber se há alguma margem para ainda evitar a greve. É um caminho muito estreito e que leva o seu tempo”, disse a mesma fonte ao semanário.

De acordo com o jornal, o Governo está já a fazer um reforço para tentar minimizar o impacto desta paralisação. O reforço nas escalas das forças de segurança e PSP, GNR e Exército prontos a atuar são algumas das medidas que estão a ser estudadas para garantir o abastecimento de combustível.

Caso os serviços mínimos não sejam cumpridos, a primeira preocupação é garantir que os camiões com combustível chegam mesmo aos 326 postos integrados na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), cita o jornal ECO.

Nesse sentido, o papel das forças de segurança vai ser essencial, não só para conduzir camiões-cisterna como também para evitar ou desmobilizar bloqueios que os motoristas em greve possam vir a organizar. Segundo o Expresso, PSP, GNR e Exército estarão em prontidão para entrar em ação.

A greve está marcada para 12 de agosto e foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM).

Esta semana, não foi alcançado um acordo para os serviços mínimos, depois de uma reunião entre os dois sindicatos e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), tendo agora de ser estabelecidos pelo Governo.

Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, já aconselhou os portugueses a abastecer os automóveis antes da greve. “Temos todos de nos preparar. O Governo está a fazer o seu trabalho, mas todos podíamos começar a precaver-nos, em vez de esperarmos pelo dia 12, que não sabemos se vai acontecer. Era avisado podermo-nos abastecer para enfrentar com maior segurança o que vier a acontecer”.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.

ZAP //

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