A greve dos motoristas de matérias perigosas terminou esta quinta-feira de manhã, depois de o Sindicato e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem chegado a acordo, com a mediação do Governo.
A informação foi anunciada aos jornalistas pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, pouco depois das 8 da manhã desta quinta-feira.
“Chegámos a acordo”, anunciou Pedro Nuno Santos, frisando, contudo, que “demorará algum tempo até que a normalidade seja reposta”.
Pedro Nuno Santos salientou a capacidade negocial de ambas as partes – o “comportamento correto” dos motoristas e o “empenho” da ANTRAM para que se pudesse “chegar a um acordo”.
O ministro deixou ainda elogios ao trabalho da FECTRANS (sindicato da área dos transportes) pelo trabalho iniciado anteriormente e que permitiu “dar mais este passo” no sentido do “respeito e dignificação dos motoristas de materiais perigosos”.
“O que fizemos foi chamar as partes, logo depois do pré-aviso de greve para decretar serviços mínimos”, recordou o ministro dando conta de que o papel do Governo incidiu sobre mediar o conflito.
“Foram três dias difíceis, de alguma insegurança até”, afirmou. Mas esse “período terminou”, garantiu.
Questionado sobre a reposição de serviços, o governante reforçou que este será um processo “gradual”, uma vez que há “situações de rotura em vários postos”. “A normalização da greve será gradual, não será imediata”, reforçou.
Por sua vez, o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) estima que o abastecimento de combustível a nível nacional fique normalizado dentro de dois dias, depois de desconvocada a greve que durava desde segunda-feira.
Já a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) afirmou à Lusa que repor a situação existente antes do início da greve pode demorar até cinco dias, mas a partir desta quinta-feira à tarde deverá retomar-se a normalidade dos abastecimentos.
A partir de sexta-feira “já deverá haver uma situação normal em muitos casos, mas a totalidade só depois do fim de semana”, salientou ainda António Comprido, da Apetro.
Acordo alcançado após reunião de 10 horas
O acordo para o fim da greve foi alcançado após uma reunião de cerca de dez horas que se prolongou pela madrugada. A ANTRAM e o Sindicato comprometem-se a concluir até dia 31 de Dezembro deste ano um processo de negociação colectiva.
Este processo, de acordo com o documento distribuído aos jornalistas em conferência de imprensa, em Lisboa, visa “promover e dignificar a actividade de motorista de materiais perigosos” e será acompanhado pelo Governo.
A negociação colectiva deverá assentar em princípios de valorização como a individualização da actividade no âmbito da tabela salarial, subsídio de risco, formação especial, seguros de vida específicos e exames médicos específicos.
A greve dos motoristas de matérias perigosas começou à meia-noite de segunda-feira e foi convocada pelo recém-formado SNMMP, por tempo indeterminado.
O protesto levou o Executivo socialista a decretar o estado de “crise energética”, ecoou na imprensa internacional, sendo noticiado em vários órgãos de comunicação social do Reino Unido, EUA, Espanha e França. Isto depois de uma corrida aos postos de combustível, encetada por muitos portugueses, que provocou o congestionamento de várias vias de trânsito por todo o país.
Segundo o site VOST Portugal, havia na quarta-feira de manhã mais de 2770 postos com falhas no abastecimento.
ZAP // Lusa
Uma Greve com Resolução Rápida…
Grande Costa … mais umas ofertas …
Quem vier atrás que feche a Porta… pobres Politicos… Desgraçado Portugal.
Oh Nabo, que “ofertas”?!
O governo só fez a sua obrigação que é resolver/minimizar o problema!!
Por acaso até estiveram bem e resolveram a situação em pouco tempo.
Nabo de certeza mas não Burro…