A Greenpeace promove hoje em dezenas de países uma jornada de solidariedade para com as 30 pessoas que permanecem presas na cidade russa de São Petersburgo, após a detenção do Artic Sunrise, no passado dia 18 de setembro.
As ações de protesto e solidariedade decorrem durante o dia de hoje em mais de 220 cidades de 40 países.
Em Espanha a jornada de protestos estende-se às redes sociais, onde a Greenpeace difunde as fotos de 30 cidadãos que se solidarizaram com o detidos na Rússia, “apadrinhando” cada um deles.
A “ciberatividade” que tem por título “Tu podes ser um deles” reuniu pessoas anónimas de todo o país que partilham a profissão ou a forma de vida dos detidos e que se quiseram solidarizar com eles e demonstrar que qualquer cidadão poderia ser detido pelo mesmo motivo.
“Hoje estão presos Andrey, Ana Paula, Pete e Camila, mas amanhã poderá ser qualquer um de nós”, declarou Miguel Ángel Soto, porta-voz da Greenpeace, acrescentando: “não são piratas, nem vândalos, são marinheiros, cozinheiros, condutores de ambulâncias, agricultores, tradutores ou estudantes. Os 30 do Ártico são gente que tem como hobbies bicicleta, motos, mar, mergulho ou futebol. São gente normal”.
Nos próximos dias completam-se dois meses desde que os 28 ativistas, um fotógrafo e um operador de câmara independente, que formavam a tripulação do barco da Greenpeace Artic Sunrise, foram detidos após uma ação pacífica de denúncia contra uma plataforma petrolífera da empresa Gazprom, no mar de Pechora.
Foram precisamente as denúncias da Gazprom às autoridades russas que conduziram à detenção dos 30 ativistas, cuja situação pode ser agravada, depois de ontem a comissão de investigação ter iniciado um processo para pedir a prorrogação da detenção por mais três meses.
/Lusa