Governo está a dar até 750 euros para formação digital. Saiba se é elegível

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Enokson / Flickr

O Governo está a apoiar a transição digital, com um cheque até 750 euros. O objetivo é permitir que os trabalhadores das mais diversas áreas possam afinar competências digitais e ficar mais bem preparados para o mercado de trabalho.

‘Cheque Formação + Digital’ – é assim que se chama o projeto, apoiado pelo Governo, que “visa a formação e requalificação na área digital de trabalhadores de empresas e de entidades da economia social”.

Além disso, segundo a informação disponível no site do IEFP, o programa procura fomentar a transformação digital e melhorar as competências e qualificações de cada um dos participantes.

De acordo com o jornal Público, o Governo vai apoiar até 750 euros esta iniciativa, e já terá alocado 43 milhões de euros para a distribuição dos cheques. Diz o matutino que Governo prevê que a medida chegue a 25 mil trabalhadores.

Este ‘Cheque Formação + Digital’ vai permitir aos formandos estudar sobre as seguintes áreas ligadas ao mundo digital e tecnológico:

  • ferramentas de produtividade e colaboração;
  • comércio digital;
  • cibersegurança e segurança informática;
  • gestão de redes sociais;
  • UX e UI design;
  • análise de dados;
  • business intelligence;
  • linguagens de programação;
  • robótica;
  • CRM;
  • sistemas de automação;
  • indústria 4.0.

“Independentemente do seu nível de proficiência digital”, estão elegíveis todas as pessoas que estejam a trabalhar – sendo o único requisito exigido.

De acordo com a informação divulgada pelo IEFP, são considerados prioritários os trabalhadores que se encontrem numas das seguintes situações:

  • pessoas que participem nos processos de transformação digital das empresas ou organizações do setor da economia social;
  • pessoas que detenham baixos níveis de proficiência digital, nos termos do Quadro Dinâmico de Referência para a Competência Digital (QDRCD), cujos valores podem ser consultados aqui;
  • pessoas que se encontrem em risco de desemprego, nomeadamente decorrente do impacto da introdução das tecnologias nos processos produtivos e de gestão das empresas, ou em situação de subemprego, com vista à sua reconversão profissional;
  • pessoas do sexo sub-representado na profissão exercida, nos termos previstos no Código do Trabalho.

A começar já em setembro, é uma iniciativa que faz parte do Programa Emprego + Digital que tem uma verba total de 94 milhões de euros, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

Todas as fases da candidatura deverão ser feitas online, através do portal do IEFP.

Miguel Esteves, ZAP //

4 Comments

  1. Seria bom explicar que entidades formadoras asseguram esta formação, de quem são, como foram escolhidas e quanto ganham.

  2. O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) precisa de uma auditoria e reforma profundas de maneira a perceber a extrema dificuldade que tem em resolver o problema de desemprego dos cidadãos, as “formações” que não servem para nada e respectivos “formadores” têm de ser investigadas e avaliados, o esquema criminoso que consiste em colocar anúncios de trabalho no portal do IEFP que depois enviam os trabalhadores para empresas de exploração de trabalho temporário tem de acabar, é preciso obrigar os seus funcionários desde o topo da cadeia hierárquica até à base a declarar se colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), proibir os sindicatos e a actividade sindical na Função Pública, e implementar os despedimentos no Estado.
    Esta medida presente na notícia é mais do mesmo, com a Classe-Média Portuguesa – empobrecida e no desemprego – a pagar todo este chulanço.

  3. Quase 100 milhões de euros, portanto muito guito.

    O que a Ministra do Trabalho deveria ter feito para começar, era obrigar todos os funcionários públicos a frequentarem cursos básicos em competências digitais e como lidar com “clientes”, agora dar 100 milhões a não se sabe quem para fornecerem competências digitais a trabalhadores que na maioria dos casos vão passear para um qualquer escritório com computadores, saindo de lá praticamente com as mesmas competência que tinham antes de entrar é dinheiro mal gasto.
    Dotar todos os portugueses se possível com competência digitais mínimas é de apoiar sempre, agora como se faz é que é o busílis da questão, é que fartos de roubalheiras em formações profissionais estão os Portugueses cheios.

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