Programa de apoio à contratação jovem “Avançar” tem o objetivo de reter e valorizar o talento nacional. Em maio, a taxa de desemprego jovem era de 18,6% — mais do triplo da registada nos adultos.
O Governo apresentou esta segunda-feira o programa de apoio à contratação jovem, “Avançar“, um incentivo à contratação sem termo de 25 mil jovens qualificados, que sob a alçada do programa terão um salário base de, no mínimo, 1330 euros brutos mensais.
Os jovens contratados têm ainda direito a uma bolsa mensal de 150 euros como “apoio financeiro à autonomização”, lê-se em comunicado do Governo.
Estas medidas — acompanhadas de apoios financeiros de 8,6 a 12,4 mil euros para as empresas e descontos de 50% das contribuições para a Segurança Social — têm o objetivo de reter e valorizar o talento nacional e de “promover a melhoria da qualidade do emprego, incentivando vínculos laborais mais estáveis e promovendo a fixação de salários adequados às qualificações dos jovens, fomentando e apoiando a criação líquida de postos de trabalho de jovens qualificados”.
Para ficar ao abrigo do programa, o jovem tem de ter até 35 anos e qualificação de nível superior. Tem ainda de estar inscrito como desempregado no Instituto de Emprego e da Formação Profissional (IEFP).
“Um programa de abanão” contra a precariedade
Na apresentação do programa, em Lisboa, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou que sujeitar os jovens à precariedade “é matar-lhes a esperança de vida, a hipótese de autonomia, a decisão de ter filhos ou de ter capacidade para arrendar uma casa”.
“Este é um programa de abanão”, afiança a ministra, reforçando a necessidade de “intransigência total” contra a precariedade “não justificada” e os estágios não remunerados, que são meio caminho andado para “condenar os jovens”.
O estudo “Retrato do Emprego Jovem em Portugal”, também apresentado em Lisboa pelo professor do ISCTE-IUL, Paulo Marques, concluiu que a percentagem de pessoas com ensino superior e com contratos a termo reduziu 11% (40% em 2010 e 29% atualmente), embora ainda estejamos distantes da média da União Europeia (UE), de 17% — números que “não convencem nenhum jovem a ficar”, sublinha Godinho.
Em maio estavam desempregados em Portugal 70 500 jovens, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 18,6%, mais do triplo da registada para os adultos (5,5%).
Uma medida ilegal que viola o Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa (CRP): «…2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual….»
É preciso acabar de uma vez por todas com a atribuição de subsídios e financiamento aos negócios e empresas privadas, os Portugueses não podem continuar a pagar com o seu dinheiro que financia o Orçamento do Estado (OE), as empresas e os negócios dos outros.
Os negócios e empresas privadas em Portugal têm de trabalhar, criar empregos, e produzir, para assim viverem do seu trabalho e não às custas do Dinheiro Público.
Em Portugal abre-se uma empresa, monta-se um negócio, com o objectivo de receber subsídios do Estado, mas isto faz algum sentido?
Este parasitismo por parte dos negócios/empresas privadas tem de acabar, querem dinheiro? Vão ao banco e peçam um empréstimo, ou trabalhem para ganhá-lo.
É tudo uma incoerência, para não afirmar, uma hipocrisia.
Veja-se, por exemplo, a tabela de salário público de um enfermeiro. Com licenciatura, pós-graduação ou mestrado, a iniciar carreira, ou com anos de vínculo ao serviço público, não chega ao salário “abanão” que aqui apregoam!
“Olhem para o que eu digo, mas não olhem para o que eu faço”.
Seria positivo que, a nível público, também dignificassem assim as carreiras de quem tem formação superior e não explorassem com ordenados indignos. O Governo só lança estas medidas para a casa dos outros, mas na sua própria casa… é o que se vê! Deem o exemplo!
Um “abanão” não resolve nada. É preciso baixar impostos e facilitar os despedimentos para possibilitar o funcionamento “equilibrado” das empresas. Medidas de curto prazo não resolvem o problema de fundo que é um estado sanguessuga.
Não é que seja contra qualquer medida de apoio aos jovens, sou e serei sempre a favor, o problema é que pelo menos 100 mil euros desta verba me pertence, foi quanto este governo me “roubou” e parece que legalmente nos anos da pandemia, e não me refiro a quaisquer valores de facturação, refiro-me a valores firmados em contratos que não pude cumprir porque estes governantes me obrigaram a não cumprir,.
Portanto sinto-me credor de pelo menos 100 mil euros que nunca me foram pagos, já a algumas empresas de CS foi-lhes oferecido nalguns casos uns bons milhões e em outros casos uns bons milhares de euros, portanto tudo o que venha deste governo como benesse para alguém lembro-me sempre do roubo a que fui sujeito, não gostam da verdade? Talvez não, mas quem ficou sem o dinheiro fui eu e as verdades são para serem ditas, para mim serão sempre uns caloteiros para ser soft …
E eu andei a estudar durante 20 anos para que? Mestrado, Pós Graduação e muito mais…. Agora vem estes miúdos de trotineta, muitos a fingir que trabalham, ganhar mais do que eu? Então vamos responder na mesma moeda, se querem aprender não é comigo. Não ensino mais nada a ninguém.
Para o Figueiredo:
Procure ajuda. Bem precisa. Os seus comentários revelam um grau de alienação face à realidade muito preocupante. O amigo devia ser medicado. Para o seu bem e para o nosso.
Fernando: Pois cá eu ensino o que posso apesar de tudo.
A justiça salarial não deve afectar a passagem de conhecimento.
É preciso ensinar para manter o conhecimento em circulação.
O meu avô ensinou uma pessoa muito antes de eu nascer.
Essa pessoa passou a ensinar aos outros o que apendeu com o meu avô.
Muitos anos mais tarde, depois do meu avô morrer, essa pessoa ensinou-me a mim também.
Será que o meu avô devia ter guardado o conhecimento para si por egoismo?
Então, agora um jovem com o 12º vai ganhar mais que um professor com o Mestrado!!! Lindo!!! É por estas e por outras que se emigra e que não há professores!!!!!!!!!