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Governo trava acordo nas concessões da Brisa

António Cotrim / Lusa

A Brisa e os fundos credores da Brisal e Douro Litoral tinham chegado a acordo, mas o Governo travou o negócio porque não salvaguarda direitos do Estado.

A Brisa e os credores das concessões Brisal e Douro Litoral, que estão em incumprimento desde 2012 e 2014, chegaram a um acordo de princípio em agosto, que tinha como objetivo pôr fim à guerra judicial entre as duas partes nos últimos meses.

A implementação do acordo estava dependente da obtenção da autorização do Estado. Porém, segundo revela o jornal ECO, o Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT), regulador sob alçada dos ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, terá considerado que o acordo não salvaguarda o interesse do Estado.

Desta forma, segundo o ECO, o regulador deverá querer que sejam incluídas alterações. No entanto, não foi possível conhecer os detalhes do que está em causa.

Antes de ter sido celebrado o acordo entre as duas partes, recorda o Jornal de Negócios, os credores chegaram a avançar com uma ação em tribunal exigindo ao grupo liderado por Vasco de Mello o pagamento de 868,9 milhões de euros.

Os atuais credores adquiriram a dívida de 1.010 milhões de euros da Douro Litoral e de 592 milhões da Brisal à banca comercial portuguesa com um desconto de 80%, tendo chegado a propor um perdão de 60% na AEDL e 45% na Brisal, o que a Brisa considerou inaceitável.

ZAP //

 

 

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