Depois de, neste domingo, ter falhado a tentativa de acordo parlamentar, o Governo sueco enfrenta hoje uma prova de fogo.
Esta segunda-feira, o Governo da Suécia pode cair se o Parlamento aprovar a moção de censura.
Segundo o Público, a moção foi apresentada na semana passada pelos Democratas Suecos, de extrema-direita, depois de o Partido da Esquerda, que costuma aliar-se ao primeiro-ministro Stefan Löfven para aprovar legislação, ter retirado o seu apoio ao plano de liberalização do sistema de rendas imobiliárias.
O primeiro-ministro sueco concordou com a apresentação de uma proposta para abolir com as negociações sobre as rendas de novos apartamentos, mas emendou-a, propondo negociações entre os proprietários e as organizações de inquilinos na esperança de ser aceite pelo Partido da Esquerda.
A proposta acabou, no entanto, por ser recusada. Nooshi Dadgostar, líder de esquerda que formou uma aliança com a oposição nacionalista e conservadora na semana passada, descreveu a proposta como uma “ameaça política” inegociável.
“Temos dito constantemente que as negociações não podem acontecer com base nesta proposta”, disse. Por isso, “seguindo o aviso que recebemos este domingo, o Partido da Esquerda vai votar vermelho na segunda-feira contra Stefan Löfven”.
O diário avança ainda que os outros dois partidos da direita também demonstraram a sua intenção de apoiar o voto de censura.
Se Stefan Löfven perder a moção de censura, pode demitir-se e encarregar o Parlamento de formar um novo Executivo, ou agendar eleições antecipadas, algo que não acontece desde 1958. Este cenário parece provável.