Tolerância zero: “não é admissível que haja movimentos radicais dentro das forças de segurança”, diz a ministra da Administração Interna.
A ministra da Administração Interna diz ter “tolerância zero” com movimentos radicais, intransigente com os crimes de ódio e diz que se está a apostar na formação para “tirar a fruta podre” das forças de segurança.
Num entrevista ao Diário de Notícias e à rádio TSF divulgada esta quinta-feira, Margarida Blasco garante que nem a ministra, nem o Governo, nem as direções nacionais, nem os comandos pactuam com movimentos radicais.
“Os polícias são cidadãos, mas não são uns cidadãos quaisquer. São cidadãos que defendem a ordem pública, defendem o cidadão. São um dos pilares da democracia e do Estado de Direito e não é admissível que haja movimentos radicais dentro das forças de segurança”, afirma.
Na entrevista, a governante diz crer que este tipo de movimentos “vão desaparecer rapidamente”, pois está a ser dada formação que vai “retirar a fruta podre do grande cesto que são as forças de segurança”: “Desculpem esta imagem, mas é para filtrar”, acrescenta.
Polícias não se deixam levar pelo Chega
Margarida Blasco valoriza o facto de as forças de segurança não se terem deixado instrumentalizar quando, na semana passada, o Chega solicitou a sua presença na Assembleia da República.
“Num universo de 45.000 polícias, as principais organizações sindicais vieram a terreiro dizer que não se sentiam vinculadas, que não queriam ser instrumentalizadas”, lembrou a governante.
Governo a trabalhar nos crimes de ódio e xenofobia
Questionada sobre a formação em direitos humanos, uma preocupação que tinha enquanto inspetora-geral da Administração Interna, Margarida Blasco diz que “é dada muita formação nessa área” e garante que é “perfeitamente intransigente” em relação aos crimes de ódio.
“É uma situação em que eu, quando estava na IGAI e agora como ministra, sou perfeitamente intransigente. Não há abertura nenhuma nem complacência”, sublinha.
Reconhece que se trata de “um fenómeno mais alargado” e fala de um conjunto de medidas relativamente às agressões, aos crimes de ódio e à xenofobia em que o Governo está a trabalhar.
Acordo (meio) histórico não está completo
Sobre o acordo a que o Governo chegou com as forças de segurança – com um valor de 300 euros para o subsídio de risco – a ministra lembra que há ainda um pacote de medidas a negociar, das quais destacava a revisão do estatuto e das carreiras.
O Governo chegou a acordo com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre a atribuição de um suplemento de risco, que se traduz num aumento faseado de 300 euros até 2026.
Sobre esta matéria, disse que já está agendada uma reunião para 6 de janeiro, o dia de Reis.
ZAP // Lusa
Se fosse feita uma limpeza na fruta podre que está na política ficávamos sem políticos então a A.R. ficava vazia.
Claro ! …………………Como en todas as Instituições do Estado , é normal rejeitar Elementos com comportamentos impróprios com o cargo que ocupam . Sendo que o direito a revindicar o que consideram justo seja mantido sem recorrerem a manifestações extremistas !