Governo quer criar “esquadras do cidadão” em juntas de freguesia

3

José Sena Goulão / LUSA

José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna

Novos locais de atendimento permitem a participação de crimes como furtos e desaparecimento de pessoas e animais. Algumas esquadras da polícia podem tornar-se obsoletas com a implementação das “esquadras do cidadão”.

O Governo quer criar nas juntas de freguesia “esquadras do cidadão”, que vão funcionar como locais de atendimento onde podem ser feitas participações de crimes como furtos, anunciou esta sexta-feira o ministro da Administração Interna.

José Luís Carneiro avançou que este novo conceito das “esquadras do cidadão” será realizado por acordo com as freguesias e o serviço de atendimento será prestado por polícias da PSP.

“Temos previsto alterar algumas dimensões do modelo de atendimento, nomeadamente criando a esquadra do cidadão, ou seja, tratar-se-á de termos, nos locais designados pela própria autarquia de freguesia e em diálogo com as autarquias de freguesia e com as câmaras municipais, locais que possam apoiar e servir os cidadãos no atendimento quando têm de fazer participações de determinada tipologia“, disse o ministro.

José Luís Carneiro, que falava aos jornalistas após a cerimónia de posse dos diretores nacionais adjuntos e do inspetor nacional da Polícia de Segurança Pública, precisou que o Governo quer desenvolver este modelo com caráter experimental, através de um projeto-piloto, com uma avaliação trimestral.

“Se os resultados forem bons, avançamos e replicamos o modelo. Se os resultados não forem os adequados aos nossos objetivos, repensamos e, em diálogo com as autarquias e os municípios, decidimos sobre o modelo a implementar”, disse.

Segundo o ministro, entre as participações que podem ser feitas nestas “esquadras do cidadão” estão furtos e desaparecimento de pessoas e animais. José Luís Carneiro disse também que estas esquadras serão criadas nos locais onde a direção nacional da PSP entender ser o mais adequado do ponto de vista operacional.

O governante disse ainda que, em função da experiência e dos resultados do funcionamento das unidades móveis policiais e das “esquadras do cidadão”, pode verificar-se que há esquadras que “já não fazem sentido à luz desta nova abordagem relativamente ao dispositivo policial”.

Lusa //

3 Comments

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.