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Governo estuda confinamento como o de abril e maio

O ministro de Estado e da Economia, Siza Vieira, admitiu hoje que as novas restrições para conter a pandemia de covid-19 podem passar pelo encerramento da restauração e do comércio não alimentar.

“Aquilo que devemos ponderar como plausível é o quadro que vigorou durante o mês de abril ou o quadro que vigorou durante a primeira quinzena do mês de maio”, disse o ministro em conferência de imprensa após a Concertação Social.

Siza Vieira lembrou que nessa altura mantiveram-se em funcionamento a indústria e a construção civil, mas encerraram atividades como “o pequeno comércio não alimentar” e a restauração que funcionava apenas em regime de ‘take away’ com entrega ao domicílio.

“Esse é o quadro” que está a ser estudado pelo Governo e as medidas vão continuar a ser discutidas nos próximos dias com os especialistas e parceiros sociais, disse o ministro da Economia e Transição Digital.

“O que pretendemos é um momento de travagem. O que tivemos em março, abril e maio foi um grande confinamento. Nesta altura, o que o Governo entende contemplar é ter um período contido para travar o ritmo de crescimento e isso aponta para uma duração mais curta das medidas, mas isso ainda tem de ser ponderado”, destacou.

O governante disse ainda que um novo confinamento não deverá implicar o encerramento das escolas, cenário que o primeiro-ministro, António Costa, já tinha afastado na quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros.

O Governo comprometeu-se ainda a reforçar os apoios aos trabalhadores e às empresas e atividades que sejam obrigadas a encerrar.

Questionado pelo jornal Público sobre se os apoios dados aos restaurantes se irão manter ou ser reforçados, Siza Vieira disse que o que entenderam adequado é “para todas as atividades, reforçar os apoios ao nível do Programa Apoiar”.

Daniel Costa, ZAP // Lusa

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