O Executivo apresentou uma proposta aos sindicatos para aumentar salários mais baixos em sete euros, mas não foi o suficiente para convencer os sindicatos.
Esta segunda-feira, o Governo propôs um aumento dos salários mais baixos da Função Pública em sete euros, um valor que não foi suficiente para convencer os sindicatos. Esta tarde, o Executivo de António Costa disse estar disponível para “aprofundar” o diálogo com as estruturas sindicais.
“Valorizando o papel dos sindicatos nas negociações, o Governo manifestou disponibilidade para continuar e aprofundar o diálogo com os sindicatos numa segunda ronda negocial, propondo que esta se realizasse na segunda-feira, dia 17 [de fevereiro]”, lê-se num comunicado do Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, ao qual o Notícias ao Minuto teve acesso.
A nova reunião já está agendada para a próxima semana.
O aumento proposto traduz-se num acréscimo de sete euros para os trabalhadores que se encontram no nível 4 da Tabela Remuneratória Única (TRU), passando assim a receber 642,07 euros. Ao mesmo tempo, são também beneficiados os trabalhadores do nível 5, cujo salário passa a ser de 690,13 euros.
O Governo adiantou ainda que estes aumentos não terão implicações ao nível dos escalões do IRS. “No caso dos trabalhadores que venham a ficar abrangidos pela nova base remuneratória da Administração Pública, o aumento salarial não implica uma subida de escalão de IRS, continuando por isso isentos do pagamento deste imposto.”
No entanto, quer seja este o valor final dos aumentos ou não, os acréscimos salariais têm efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2020. O Governo antecipa que os funcionários recebam este acerto em março.